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Brasileiros voltam a 20 metros do cume do McKinley

Redação Webventure/ Montanhismo

Caminho para o cume do McKinley (foto: Fabio Couto Rosa)
Caminho para o cume do McKinley (foto: Fabio Couto Rosa)

Os brasileiros Ana Elisa Boscarioli e Roman Romancini, além do inglês Andreq Chandler tiveram de abortar a expedição para o topo do McKinley, no Alasca, a 20 metros do cume. Com ventos de 50 km/h no domingo e passagens difíceis, os montanhistas foram impedidos de continuar. Era a segunda tentativa da expedição para o ataque a primeira aconteceu dois dias antes. O grupo deve voltar para a base da montanha e depois par casa, uma vez que a previsão para os próximos dias é de tempestades.

“É uma montanha que vale a pena voltar. O lugar aqui é maravilhoso. Uma paisagem magnífica. Ela pode ser baixa, mas é muito difícil, passei muito mais frio aqui do que no Everest”, lamentou Ana Elisa. A montanhista brasileira ainda contou que passou por sustos no caminho até o cume. “Enquanto descíamos o glaciar, acabei escorregando e desci junto com o Roman, quase 150 metros. A nossa sorte foi o Andrew ter conseguido se equilibrar nas piquetas e nos segurou (os montanhistas andam sempre encordados uns aos outros). Ali é um local chamado Auto Ban porque uma expedição alemã não conseguiu se segurar há alguns anos e desceu direto para as gretas. Nós, felizmente, apesar do grande susto, estamos todos bem, sem nenhum ferimento maior. Não era mesmo o momento [de alcançar o cume]”, disse a brasileira.

Completam o grupo : o médico Eduardo Keppker; o jornalista Clayton Conservai e o equatoriano Pepe Jijón, que alcançaram o cume na sexta-feira. Em seu blog no site da Globo, Clayton descreve que “a presença de Pepe foi decisiva. A experiência dele como alpinista nos ajudou a superar os desafios que a montanha deixava pelo caminho. Fomos vencendo um por um até atingir o topo do McKinley, a 6.194 metros”

O frio foi o principal adversário para a conquista. “Eram 8h30 da noite quando, finalmente, botamos os pés na parte mais alta. Depois, outras 6 horas até voltarmos ao campo base. Nesse momento, o vento forte foi mais um problema. Pegamos -40 graus de temperatura. Parte dos meus dedos perdeu a sensibilidade. Eu e Eduardo ainda tivemos um princípio de congelamento na extremidade do nariz”, contou Clayton.

Este texto foi escrito por: Redação Webventure

Last modified: junho 4, 2007

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