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O triste fim dos alpinistas que ficam para trás no Everest

A montanha mais alta da Terra, são 8.848 metros acima do nível do mar. O Monte Everest é meta de vida para alpinistas do mundo todo e enfrentá-lo nem sempre termina em final feliz. Segundo a última contagem, já são mais de 300 mortos, sendo 5 deles na temporada de 2016.

O máximo que acontece com alguns corpos, é serem empurrados e colocados em fendas ou fora das trilhas Foto: blas/Fotolia

O máximo que acontece com alguns corpos, é serem empurrados e colocados em fendas ou fora das trilhas Foto: blas/Fotolia

A falta de consciência de alguns aventureiros costuma ser a causa das fatalidades, afinal para estar lá é necessária preparação e dinheiro (muito dinheiro). Somente a licença para escalar a montanha pelo Nepal, custa cerca de US$ 11.000, fora o preço do sherpa, todos os equipamentos, passagens e acomodação, tudo isso pode ir de R$ 120 a 300 mil.

O ano de 1996 ficou marcado como maior desastre da história do local, 19 pessoas morreram durante a tentativa de atingir o cume, entre eles os experientes alpinistas Rob Hall e Scott Fischer, ambos lideravam expedições pagas até o topo. Esse foi o primeiro momento em que a comercialização do Everest passou a ser discutida.

O problema dos corpos

A grande maioria das vítimas fatais da escalada permanecem na trilha, já que levar elas de volta ao campo base é praticamente impossível. Os altos custos para a expedição e toda mão de obra para retirar os corpos, faz com que eles estejam cada vez mais aparentes para os escaladores que buscam o topo.

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Na face Norte, considerada mais difícil, é possível ver mais deles, sendo preciso até mesmo pulá-los, por estarem na passagem. Alguns deles receberam fama, como Tsewang Paljor, popularmente conhecido como “botas verdes”, devido ao calçado que usava quando morreu. Quando a neve fica mais escassa ele é um dos mais nítidos no caminho de ida e volta do pico.

O máximo que acontece com alguns corpos, é serem empurrados e colocados em fendas ou fora das trilhas, já que por mais que seja algo da ciência de todos, não é nada fácil encarar pessoas que perderam a vida bem à sua frente.

O ano de 1996 ficou marcado como maior desastre da história do local, 19 pessoas morreram Foto:vadim_petrakov/Fotolia

O ano de 1996 ficou marcado como maior desastre da história do local, 19 pessoas morreram Foto:vadim_petrakov/Fotolia

É necessária atenção e consciência total nessa busca cada vez mais sedenta de escaladores pelo cume, afinal o desafio corriqueiro pela “conquista”, pode acabar com muitas vidas.

Last modified: agosto 30, 2017

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Christina Volpe
Christina Volpe
Comecei como corredora, depois me tornei jornalista e repórter do Webventure. Hoje sou editora e convivo diariamente com o esporte há 3 anos. Meu coração bate mais forte toda vez que um atleta conquista seu objetivo, um evento acontece e assisto uma competição emocionante. Sempre estou aprendendo e dando meu melhor.