Fernanda Maciel encara baixas temperaturas da Rússia e conquista a montanha mais alta da Europa

Redação Webventure/ Aventura

Enfrentando 23 graus negativos, a ultramaratonista brasileira subiu e desceu o Elbrus, em 7h40min

Desde que começou 2019, Fernanda Maciel tinha um objetivo: chegar ao topo do Elbrus, a montanha mais alta da Europa. Após muita preparação ela conseguiu realizar essa conquista, no último domingo, 28 de abril. Em um tempo total de 7 horas e 40 minutos, ela foi da base da montanha, Azau, até o Summit, e depois retornou ao início de sua trajetória.

Fernanda Maciel no topo do Elbrus, maior montanha da Europa. Foto: Divulgação

“Eu me senti muito bem durante a minha escalada no Elbrus. Comecei a 2.300m de altitude, na base da montanha, e corri até 5.620m, que é o topo do Elbrus. Essa é uma montanha que é bem técnica e íngreme, desde o início da base até o summit. Desde Pastukhov Rock (4.700m), até o topo encontrei muito gelo”, conta Fernanda.

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Ela ainda fala que começou a jornada às 5h15 e terminou às 13h. “Tive muita sorte de ser um dia de sol, da temperatura estar em 23 graus negativos e de ter pegado apenas uma hora de neve durante a descida. O Elbrus é uma montanha onde um dos principais problema é a temperatura baixa, variando de -25 a -31 graus. Mas é uma montanha linda por ser toda branca, foi uma experiência incrível”, explica.

Em sua descida, Fernanda precisou utilizar cordas fixas, porque estava usavando apenas micro-crampons sobre seu tênis. Logo após isso, substituiu os micros pelos crampons, visando sua melhor segurança ao passar pelo gelo. Por volta dos 4.300m, optou por descer apenas de tênis para ser mais rápida, já que não havia tramos com gelo desde esta altura até a base da montanha

Segundo a atleta, foi necessário um esforço sobrenatural para realizar esse feito, mas ela tem se sentido cada vez melhor correndo em altura, conhecendo bem como seu corpo se move com a falta de oxigênio. Vale lembrar, que em 2016 ela bateu o recorde de subida e descida do Aconcágua, maior montanha da América, e em 2017 do Kilimanjaro, maior montanha da África.

Após essa conquista, Fernanda volta ao Brasil para participação na Wings For Life World Run, corrida que busca arrecadar fundos para pesquisas que buscam a cura da lesão medular. “Eu não vou em busca de uma boa colocação, mas a prova ajudará em meus treinos de recuperação. Participar deste evento é muito mais do que uma competição. Vou pela causa e pelas pessoas que sonham em um dia voltar a andar”, explica a atleta.

Logo depois, a atleta retorna a Europa e segue na sua preparação para a Ultra Trail du Mont Blanc, que acontece em agosto, visando se manter no topo no Circuito Mundial de Ultra.

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Last modified: maio 3, 2019

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