Hábitos culturais pelo globo – parte I

Larissa Santos/ Aventura, Viagem

Para sermos bem sucedidos em uma viagem precisamos nos dar bem com os habitantes locais. Conheça hábitos culturais diferentes através do globo.

Se viajarmos de um estado para outro, dentro do nosso próprio país, nos deparamos com hábitos culturais bem diferentes. Nas redes sociais sempre aparecem discussões acaloradas sobre o verdadeiro nome de objetos do cotidiano que mudam completamente em diferentes localidades. Geladinho ou laranjinha? Corretivo, branquinho ou errorex? Afinal, é biscoito ou bolacha?

Ter boas experiências ao visitar outros países é importante ter boas relações com os locais | Foto: what4ever/Fotolia

Ter boas experiências ao visitar outros países é importante ter boas relações com os locais | Foto: what4ever/Fotolia

A nossa pluralidade linguística ultrapassa a fala e alcança os costumes diários. Cariocas: dois beijinhos sempre, obrigada. Ketchup e mostarda na pizza são um sacrilégio para paulistanos. Fuja com seu café solúvel perto de um gaúcho, que se orgulho do irresistível café da campanha. E assim vai, pelos próximos 23 estados do país. Isso porque estamos pensando em como o povo brasileiro é culturalmente diferente, agora imagine lá fora.

Por mais que sejamos fruto da influência de séculos de imigração, atitudes tão comuns no nosso cotidiano podem representar uma ofensa para outras sociedades. O enriquecimento cultural em viagens para outros países é uma experiência única e a você não precisa cometer gafes quando chegar lá.

Nós selecionamos hábitos culturais excepcionais ao redor do mundo, para você conhecer os costumes exóticos de cada país. Nesta parte I, viaje pelas singularidades europeias e asiáticas.

O continente velho tem suas tradições únicas que nasceram da mistura com seus colonizados | Foto: ink drop / Fotolia

O continente velho tem suas tradições únicas que nasceram da mistura com seus colonizados | Foto: ink drop / Fotolia

Europa

O continente velho tem lá seus hábitos estranhos. É comum, por exemplo, dividir a mesa com estranhos em restaurantes. Os belgas costumam comer com a mão esquerda, até quem não é canhoto. O país fundador da União Europeia tem mais peculiaridades. Se aqui no Brasil a gente é chegado em um abraço, tapinhas nas costas e um beijo estalado no rosto (as vezes até dois), nada de usar a tradição com os belgas. Esse tipo de comportamento não é normal para eles, que também não curtem que os toquem enquanto conversam. Já os alemães têm hábitos de bater nas mesas para aplaudir apresentações em reuniões, já que as palmas são exclusivas de concertos e teatros.  

A gente se orgulha do nosso hábito indígena de tomar banho diariamente, mas na Europa é absolutamente normal só tomá-lo uma vez por semana, bem como repetir a mesma roupa vários dias da semana. Como muitas praias europeias são de pedra e não de areia fina como aqui, é normal ir de sapato e trocar as roupas molhadas de mar por secas no meio da praia mesmo. Normalíssimo.

Infelizmente hábitos machistas também são perpetuados no continente antigo. Na França, é considerada extrema falta de educação a mulher servir à si mesma uma bebida alcoólica, independente do tipo de encontro ou local. Cabe à um homem que a acompanhe ou esteja próximo fazer o serviço sempre. Os alemães já são mais legais. Ao beber uma nova bebida não esqueça de brindar e dizer “Prost!”.

No país da bota, palitar os dentes depois de uma refeição é um sinal de que a comida estava boa. Mas o restante da Europa encara isso como uma atitude mal-educada. Na Dinamarca, a maior parte das refeições são servidas sem talheres. Depois de palitar os dentes, na Espanha a famosa “siesta” é sagrada, o cochilo que pode durar tarde à dentro é ainda mais tradição nas cidadezinhas espanholas. Bem que podíamos exportar esse hábito para o Brasil, né?

Único e exótico, conheça as culturas de lugares que você nem imagianava | Foto: Randal / Fotolia

Único e exótico, conheça as culturas de lugares que você nem imagianava | Foto: Randal / Fotolia

Ásia

Uma viagem ao outro lado do planeta traz choques culturais impressionantes. A título de exemplo, nós consideramos extrema falta de educação arrotar após a refeição, mas em países asiáticos como Coréia do Sul e China, isso é um sinal de aprovação culinária.

Por serem proibido relações homoafetivas no oriente, é normal ver homens caminhando de mãos dadas na rua. Contraditório, não? Na Índia, essas atitudes são consideradas um sinal de amizade, sem precisar ser um relacionamento romântico. Até porque um casal, mesmo que hétero, não deve trocar carícias em público.

Ah, e esqueça a cultura belga! Para diversas nações orientais a mão esquerda é considerada impura e ela é usada para a limpeza pessoal. Principalmente na Índia, muitos lugares não possuem papel higiênico e a limpeza íntima é feita com a mão esquerda mesmo. Cumprimentos e apertos de mão só com a direita.

No Oriente Médio é considerado falta de educação mostrar as solas dos sapatos ao cruzar as pernas, por ser a parte mais baixa do corpo é considerada impura. Se você for para o Iraque, deve sentar com as pernas fechadas e unidas e nem sonhar em desrespeitar o seu anfitrião mostrando a sola do sapato.

O Irã tem costumes bem únicos. Já ouviu falar do Taarof? A prática consiste em uma pequena disputa de gentilezas. Se você receber uma, entende-se que não deve aceitá-la. Em uma situação hipotética, se uma família iraniana te convidar para ir à sua casa, você não deve ir, já que o convite é uma mera formalidade e eles não desejam que você vá. O mesmo pode acontecer em estabelecimentos comerciais, por mais que não aceitem o pagamento, você deve insistir e pagar.

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O país sede da copa tem suas tradições únicas. Para os russos é um gesto rude não beber um gole todo o conteúdo de um brinde, por mais que seja a vodka russa. E eles podem ficar ofendidos caso você recuse um cálice de vodka também. Outro exemplo, a pessoa terá sorte se alguém acidentalmente pisar no seu pé. Lembrete aos brasileiros na Rússia, se você for pisoteado acidentalmente o hexa pode ser nosso.

Last modified: junho 20, 2018

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Larissa Santos
Larissa Santos
Pseudo jornalista da ECA-USP. Meus amigos costumam dizer que sou criativa e uma explosão sentimental. Eles também reclamam de ser atrasada, mas juro que vou melhorar. Mirei em cultura e vim parar em esportes, mas tá tudo bem, eu amo escrever sobre tudo.