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Na Rota do Rally Paris-Dakar 2001: O Aperitivo estava Bom

Redação Webventure/ Parceiros

Chegamos à África e isso significa o final da brincadeira. Aqui o rali começa de verdade. As três etapas européias serviram para um pequeno aquecimento e para acabar com o estresse da largada. Pilotos, navegadores, mecânicos e máquinas já se entrosaram.

Antes de falar da primeira etapa no Marrocos, é importante registrar que mesmo após um ano de preparação, desenvolvimento e testes, sempre alguma coisa foi esquecida. Foi isso que vi em todas as equipes, inclusive na nossa. Mas este ano conseguimos que cada membro da Equipe Petrobras Lubrax seja proativo e tome a iniciativa para achar a solução. Desta forma, um grande peso foi tirado das nossas costas e podemos nos concentrar mais na corrida.

Este início de rali significou conhecer o novo navegador do Mitsubishi Pajero Full, o francês Bruno Cattarelli, o que tem sido um enorme prazer e já está proporcionando um novo aprendizado. Mais complexo foi o primeiro contato com o novo carro. Na última hora, decidimos que seria equipado com motor diesel. Então, além de precisar conhecer o carro, tive também que adaptar o meu estilo de pilotagem.

Podemos garantir que não foi fácil, ainda mais porque isso precisava acontecer praticamente num passe de mágica, já que não houve a mínima chance de realizar um treino com esta máquina. A boa preparação realizada pela Mitsubishi na França ajudou bastante. A suspensão é uma grande evolução do que já conhecíamos. Quando estou no carro, acelerando, tenho a impressão de estar andando lento, mas no final das especiais o resultado do cronômetro tem sido mais do que animador. Estou liderando a categoria Carros T2 Diesel e apareço em 14o na geral, entre os 113 carros que largaram.

Sei que é cedo para comemorar e Dakar está longe, mas esta lição eu já aprendi: é melhor curtir cada pedacinho de uma grande vitória. E também tenho mais três bons motivos para brindar. O Juca e o Jean estão fazendo uma dobradinha na categoria Motos Super Production 400 cc e o caminhão Tatra do André Azevedo está na terceira colocação da categoria. Valeu!!!

André Azevedo, 41, e Klever Kolberg, 38, são pilotos da Equipe Petrobras Lubrax e participam do rali Paris-Dakar há 13 anos.

Este texto foi escrito por: Webventure

Last modified: janeiro 4, 2001

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