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Na Rota do Rally Paris-Dakar 2001: A Largada

Redação Webventure/ Parceiros

Após 12 meses de preparação e treinamentos, uma das partes boas da largada é o fim da ansiedade. Nossa performance fará a diferença para que os próximos 21 dias se tornem um sonho e não um grande pesadelo. Depois de tanto trabalho, é hora de desfrutar cada momento. A largada de Paris sempre é emocionante e cheia de expectativa.

Os 70 caminhões e carros da categoria T5 (assistência) foram os primeiros a partir, um a cada 30 segundos. Depois vieram as motos, também com intervalo de meio minuto. A primeira saiu às 6h e ainda estava escuro, já que no inverno francês o céu só começa a clarear depois das 8h30. Estava muito frio no Champs de Mars, a poucos metros da Torre Eiffel. Por isso, os pilotos de motos tiveram que usar roupas especiais e macacões grossos, deixando-os como astronautas. Os carros começaram a largar às 7h45, seguidos dos caminhões.

Nesta edição do rali tivemos inicialmente 305 quilômetros de asfalto em deslocamento, trecho em que podemos percorrer tranqüilamente, obedecendo as leis de trânsito, com tempo máximo de 4h30, para chegar ao circuito de La Châtre.

Lá tivemos os primeiros 6 quilômetros de especial (trecho contra o relógio). Largamos pela ordem numérica, exceto os veículos da categoria T5, que não participaram desta especial. O tempo conquistado valeu apenas como ordem de largada para as próximas etapas. Ou seja, foi uma espécie de treino cronometrado, mas com apenas uma volta, sem direito a reconhecimento.

Como foi a primeira oportunidade para acelerarmos de verdade, a adrenalina estava lá na lua e tivemos dificuldade para controlar a emoção ou a vontade de ir ao banheiro! Mas foi preciso manter o controle porque uma boa classificação neste dia pouco significaria para o resultado final do rali. Um acidente podia significar um fim prematuro de prova.

Para fechar a primeira etapa, tivemos mais 594 quilômetros de deslocamento para chegar à cidade de Narbonne, no sul da França. Aqui poderemos curtir nossas últimas noites de hotel e banho quente. Afinal, na próxima quinta-feira já estaremos em território africano. A partir daí acabará a brincadeira.

André Azevedo, 41, e Klever Kolberg, 38, são pilotos da Equipe Petrobras Lubrax e participam do rali Paris-Dakar há 13 anos.

Este texto foi escrito por: André Azevedo e Klever Kolberg, da Equipe Petrobras Lubrax

Last modified: janeiro 1, 2001

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