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Filho de aventureiro, aventureiro é! Cinco atletas mirins que começaram a praticar esporte sob a influência de seus pais

Pedro e seu pai Thiago  durante o Extremaventura (foto: Arquivo pessoal)
Pedro e seu pai Thiago durante o Extremaventura (foto: Arquivo pessoal)

Não basta ser filho de aventureiro. Tem de participar. A seguir, cinco esportistas mirins que começaram a praticar esportes encorajados pelos seus pais.

Maitê Ferreira, 15 anos, filha da remadora Fabiana Ferreira

Desde muito pequena, Maitê já acompanha sua mãe Fabiana instrutora e atleta de rafting rio abaixo. Maitê fez seu primeiro rafting aos 4 anos de idade e aos 6 participou do primeiro Adventure Camp na categoria kids. Na rotina da esportista, ainda entra o futsal.

A mãe conta que uma vez, em uma corrida de aventura na qual as duas competiam em equipes diferentes, Fabiana sofria para enfrentar uma subida, quando Maitê a passou, e incentivando-a para continuar. Não à toa, a modalidade que a adolescente mais gosta é justamente o trekking, “adoro a parte que tem mais mato, lama e corrida”.

Para se preparar, Maitê frequenta uma academia e faz treinos mais intensos de bike um mês antes das provas. E diz que gosta de se divertir, mas sempre pensa em vencer também.

O Digão que na certidão de nascimento leva o mesmo nome de seu pai, o montanhista Rodrigo Raineri estreou na aventura fazendo uma clínica do Adventure Camp para crianças. “Comecei porque meu pai é escalador e me incentiva a fazer esportes”, disse ao Webventure.

O menino de 9 anos conta também que bike é a modalidade que mais gosta, pois a vê como um divertimento. “Sempre que tenho tempo, saio com os meus amigos de bicicleta.” O pequeno atleta participa das provas apenas para brincar e para conhecer pessoas, sem pensar muito na competição.

Além das corridas de aventura, Digão acompanha o pai em outras atividades de contato com a natureza, como escalada no Rio de Janeiro, voos de paraglider e caminhadas em lugares outdoor, até em outros países.

A família Brotto Yoshioka é conhecida por ter criado uma marca que foi referência por muitos anos no mundo da aventura: a By Roupas Esportivas. Por causa disso, Mariana nasceu e cresceu entre a galera do mundo outdoor. “Sempre gostei de aventura porque meu pai fazia isso, e minha mãe e tia [Rosana e Daniela, filhas de dona Sônia, criadora da marca] escalavam”, conta a menina de 10 anos.

Mari diz que sempre ouvia falar de corrida de aventura e “ficava intrigada para conhecer e participar”. Ela corre desde 2008 algumas etapas do Adventure Camp para crianças. Assim como Digão, a modalidade que mais gosta é bike.

Recentemente, Mari foi pela primeira vez para a Pedra do Baú, em São Bento do Sapucaí (SP), para escalar a montanha de rocha. “Fiquei com um pouco de medo no rapel, mas adorei.” Para Rosana, a principal vantagem de a filha participar de atividades ao ar livre é ela poder conhecer outras coisas além do computador e da televisão.

Quando Yasmin nasceu, já fazia dois anos que seus pais Cynthia Verzellesi e Paulo Gil tinham aberto a primeira academia de escalada indoor do Brasil, a 90 Graus, que fica em São Paulo.

Por causa dessa forte influência esportiva dos pais, Yasmim já teve desde pequena contato com o ambiente outdoor. Já as corridas de aventura entraram em sua vida no começo deste ano (2011), também por causa de sua mãe, que trabalha com técnicas verticais.

A atleta mirim diz que o que mais chama sua atenção nestes esportes é o envolvimento com mapas e bússolas, “essas coisas que não estamos acostumados”, conta. Mas ela não gosta de escolher apenas uma parte da prova, “é tudo muito divertido”.

Mesmo depois de vencer uma das etapas, ela diz que não sofre pressão para chegar na frente, “este deve ter sido um dos fatores que fez a gente chegar em primeiro lugar”. Yasmin também conta que um dia gostaria de ser tornar uma corredora profissional.

Pedro é, provavelmente, o mais jovem corredor de aventura do Brasil: em maio de 2011 ele participou, aos 8 anos de idade, de uma etapa do circuito Extremaventura, que rolou no Paraná. Ele competiu na mesma equipe de seu pai Thiago.

Pedro contou ao Webventure que a modalidade que mais gostou foi o canionismo. E que a mais difícil foi a bike. “Como eu estava com muito calor durante toda a prova, a parte dentro do rio me refrescou, e eu consegui me divertir”.

E parece que o moleque tem futuro. Mesmo entrando apenas com o objetivo de terminar a competição, sua equipe chegou em terceiro lugar em sua categoria na verdade, por causa de penalizações sofridas pelos times que terminaram em terceiro e quarto lugar.

O pai, orgulhoso, destaca a boa preparação física de seu filho. “Diversos fisioterapeutas e mesmo outros atletas afirmam que não é comum uma criança da idade dele ter o seu preparo”. Além de corrida de aventura, Pedro anda a cavalo desde os 2 anos e aos 6 já tinha subido o Pico Paraná.

Este texto foi escrito por: Luciana Ricciardi

Last modified: outubro 11, 2011

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Redação Webventure
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