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Christian Fuchs reestréia coluna com os tipos de caiaque

Redação Webventure/ Rafting e canoagem

Caiaque Aberto  ou Sit on Top (foto: Arquivo/ Christian Fuchs)
Caiaque Aberto ou Sit on Top (foto: Arquivo/ Christian Fuchs)

Pra começar a nossa coluna sobre canoagem, nada melhor que dar ao leitor uma idéia geral sobre a canoagem, não? O nosso foco aqui serão assuntos sobre o caiaque oceânico, técnicas de remada e manobras, dicas e lugares para você ir remar, diferentes tipos de caiaque, história e o que pintar de interessante.

A canoagem é uma modalidade extremamente vasta, incluindo as canoas canadenses (abertas), canoas caiçaras (feitas de madeira), canoas polinésias (abertas, com um “flutuador” em um dos lados, também chamadas de outrigger canoe, OC, havaiana, va’a, etc), o Stand Up Paddle ou SUP (uma prancha que se rema e surfa em pé com um remo longo), a modalidade de águas brancas (rafting, com bote inflável) e por aí vai.

Cada modalidade geralmente está associada a uma tribo, um tipo de público diferente, com propósitos diferentes, quer seja competição, expedição, treinamento físico ou mesmo lazer. Claro que nada impede de você praticar várias delas!

Mas vamos focar nos tipos de caiaque…

Eu gosto de comparar o caiaque à bicicleta: não faz barulho, propulsionado apenas por força humana, é simples, consegue levar carga para uma viagem auto suficiente de algumas semanas, tem a velocidade ideal para uma perfeita interação com a natureza, que te permite ver animais, reparar nas ondas e contornos do relevo, sem a pressa de ter que chegar a nenhum lugar.

O caiaque aberto ou “sit on top”, se compara ao triciclo: é super estável, seguro, fácil de manusear, ideal para remadas de lazer e pesca, fácil de sair e de voltar pra dentro do caiaque e geralmente é feito de plástico, que o torna robusto, com baixa manutenção.

O caiaque de velocidade (K1, K2, K4, surf ski) é comparado à bicicleta speed ou estradeira: feitos para competição, leves e mais frágeis, estreitos e instáveis, indicados para raias de remo e águas calmas (comparados ao asfalto bom). A posição de remada é a que oferece melhor desempenho, mas não tanto conforto para longas distâncias. Feitos para andarem rápido e em linha reta (que é o caso dos oceânicos de competição também), muito pouco manobráveis e geralmente com leme. Os surf skis, caiaques abertos para velocidade, são a nova tendência, por facilitar a entrada e saída de dentro do barco.

O caiaque de águas brancas é a bicicleta de downhill, que foi feito para descer corredeiras com pedras e águas agitadas, muito robusto para aguentar pancada de pedras (o peso da bicicleta de downhill também é bem alto, reforçada para suportar impactos) ,tem altíssima manobrabilidade e baixa velocidade na remada à frente (foi feita para descer e não pra pedalar no plano ou subidas).

Os caiaques de rodeio e os de slalom pode ser comparados as bicicletas de trial ou bicicross, feitos para manobrar em uma onda estática ou em uma pista com obstáculos.

O kayak surf tem um design específico para surfe e tem um primo próximo, chamado wave ski, que é caiaque aberto, muito arisco nas manobras e com a vantagem de facilitar a reentrada, caso você saia do caiaque.

Por fim, o caiaque oceânico (de travessia) se compara à mountain bike, que não é tão rápido quanto um caiaque de velocidade (ou bicicleta estradeira), mas ainda tem boa velocidade, boa estabilidade para mares agitados e ainda boa manobrabilidade (alguns modelos tem leme). Tem uma posição bem mais confortável para remadas mais longas (possui apoio lombar, apoio para os joelhos), te permite remar em lagos, rios e mar, não é o mais leve, mas com certeza robusto suficiente para agüentar um bom tranco. Tem compartimentos de carga estanques para seus equipamentos (como alforjes na bicicleta).

Dentro da categoria caiaque oceânico ainda existem vários tipos diferentes de casco, dimensões, estabilidade, materiais de construção (plástico, fibra de vidro, carbono, kevlar, madeira, armação de madeira com nylon, etc), pra diferentes necessidades, que vamos conversar lá pra frente.

Este texto foi escrito por: Christian Fuchs

Last modified: fevereiro 4, 2011

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