Foto: Pixabay

Arrastada por caminhões, dupla feminina continua em rali

Redação Webventure/ Sertoes

Exemplos de superação são vistos anualmente no Rally dos Sertões, e desta vez não foi necessário muito tempo para que houvesse um. Logo na primeira etapa, realizada na quarta-feira, entre Goiânia e Pirenópolis (GO), a dupla Helena Deyama/Joseane Koerich foi vítima de um inusitado acidente, mas continuou na prova.

A mais conhecida dupla feminina do rali enfrentava problemas elétricos em seu Mitsubishi L2000 RS e precisou parar durante a especial para consertá-lo. Quando elas estavam de saída, depois de a falha ter sido resolvida, foram atingidas lateralmente por dois caminhões da categoria pesados, que arrastaram seu carro e arrancaram a porta direita. Havia um veículo, também atingido, estacionado à direita, e por isso o espaço ficou ainda menor.

Helena e Joseane ficaram assustadas com o acontecimento. “O que aconteceu não tem ressarcimento para nós, porque foi um trauma muito grande. A sensação que tivemos com o caminhão arrastando o carro, ignorando-o, foi muito ruim”, disse a experiente piloto.

Segundo ela, Guido Salvini, piloto de um dos caminhões, desculpou-se. “Ele se retratou, disse que não sabia que estávamos dentro do carro”, afirmou. “Mas havia gente do lado de fora sinalizando para eles pararem. Não dava para eles passarem, eles deveriam ter nos esperado sair. Obviamente ele não fez por querer, se retratou dizendo que não entendeu o sinal da pessoa.”

Joseane comentou ter sido “uma situação bem desagradável”. Helena preocupou-se com a companheira, já que não havia porta do lado dela. “Felizmente não havia galhos na etapa. Passei devagar em rios para não molhar minha navegadora”, disse a piloto Helena.

Apesar disso, elas continuaram na prova. “Realmente foi um trauma muito grande, mas quem participa de uma competição tem de estar preparado para muita coisa. Já passamos por situações mais incríveis, como aquele incêndio em que quase explodimos dentro do carro [em 2009]”, afirmou Helena.

Sobre a quinta-feira pós-acidente, a piloto disse ter se concentrado na especial entre Pirenópolis e Porangatu. “Foi um dia de superação, mas conseguimos superar [o acidente] e continuar na prova. Esse é o espírito do rali”, declarou.

Este texto foi escrito por: Andrei Spinassé, direto de Gurupi (TO)

Last modified: agosto 12, 2011

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