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Waldemar Niclevicz espera patrocínio para voltar ao Makalu

Niclevicz contou sobre a escalada (foto: Thiago Padovanni/ www.webventure.com.br)
Niclevicz contou sobre a escalada (foto: Thiago Padovanni/ www.webventure.com.br)

Direto da Adventure Sports Fair – O montanhista brasileiro Waldemar Niclevicz contou na Adventure Sports Fair sobre a subida ao Makalu, quinta montanha mais alta do mundo, com 8.463 metros de altitude. Atentos, os participantes da palestra viram as fotos e vídeos que mostravam passo a passo o caminho utilizado pelo brasileiro para alcançar o cume. Infelizmente, ele foi obrigado a desistir faltando 663 metros, devido às péssimas condições meteorológicas. “É uma linda montanha. Não deu agora, quem sabe um dia”, comentou Niclevicz.

A expedição brasileira contava ainda com Irivan Burda e Mauricio Tonto, que desistiu antes do ataque final ao cume, deixando a missão somente para Irivan e Niclevicz. “O Makalu é uma montanha muito bonita. Eu gostaria de, um dia, escalar todas as montanhas com mais de 8.000 metros. Mas isso é um sonho muito difícil para um brasileiro realizar. Principalmente porque não temos cultura alpina no Brasil. Para se conseguir patrocínio para qualquer esporte já é difícil, imagine para o alpinismo”, lamentou Niclevicz.

Das 14 montanhas mais altas do mundo, o brasileiro já escalou seis, sendo que apenas 14 homens escalaram todas elas. “Uma das mais bonitas, onde a escalada é mais estética e a região é interessante, é o Makalu. Além disso, ele pode ser avistado do alto do Everest e todas as vezes que fui para lá fiquei namorando a montanha”, disse.

Investimento – A expedição brasileira foi feita sem patrocínio e consumiu cerca de 35 mil dólares. “Resolvemos fazer uma tentativa com recursos limitados. Ficou o desejo de um dia voltar. Não sei quando, mas não posso voltar sem patrocínio, pois é uma expedição cara. O ideal é que se tenha um pouco mais de recursos para fazer com mais estrutura, inclusive usando helicóptero para chegar ao acampamento base, pois são 112 quilômetros de caminhada”, disse Niclevicz.

“Se aparecer um patrocinador hoje, ano que vem volto ao Makalu. Não defini ainda minhas próximas expedições, mas o Makalu é uma boa opção, que está na fila dos meus sonhos. Mas só com patrocínios. Não dá para se dar ao luxo de gastar tanto dinheiro em uma viagem”, completa.

Este texto foi escrito por: Thiago Padovanni

Last modified: agosto 25, 2007

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Redação Webventure
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