Na carona do Tintim e seu fiel escudeiro, o cachorrinho Milu, você pode embarcar para Bruxelas e aproveitar a viagem para conhecer o museu dedicado exclusivamente a obra do cartunista belga Hergé. Em 1929, ele deu vida a Tintim, um dos personagens mais famosos da Bélgica. A partir daí trouxe consigo um movimento que, por décadas seguintes, influenciaria diretamente a cultura local e daria a Bruxelas o título de capital internacional das histórias em quadrinhos.
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O Museu Hergé de Louvain-la-Neuve convida todos os visitantes a percorrer a vida de um dos maiores artistas do século XX, oferecendo uma perspectiva abrangente através de milhares de fontes relacionadas com o trabalho de Hergé. Mais de 80 esculturas originais, 800 fotografias, documentos e objetos foram reunidos sob um mesmo teto. O próprio edifício foi concebido e construído no pitoresco cenário verde de Brabante Valão, pelo arquitecto Christian de Portzamparc: escondido dentro de um bosque sagrado.
Mas o Hergé não era apenas Tintim. Vale lembrar que ele também era designer gráfico, caricaturista, cartunista, ilustrador e contador de histórias. Era um artista multi-talentoso reflexo perfeito do século XX.
Foto: Huffington Post UKA visita começa no nível superior do museu e logo que você chega, já se dirige ao terceiro andar para começar uma viagem maravilhosa, que irá levá-lo, através de uma série de quatro salas, a descobrir um dos principais corpos de trabalho na história em quadrinhos. Depois, explore quatro outros quartos, exibindo as múltiplas facetas de um empreendimento artístico notável do cartunista. O tour pelo museu é dividido em oito partes, cada uma delas representando um pouco da vida de Hergé e sua obra:
1. A jornada do artista
A vida de um artista, totalmente absorvida em suas obras de surpreendente diversidade, é condensada dentro das 22 molduras e 4 telas que se encontram na primeira, das oito salas do passeio. Esta galeria dá uma visão das paixões de um homem, que trouxe sua própria revolução pacífica para o mundo.
2. Homem de muitos talentos
Hergé era muito mais do que um simples artista de quadrinhos, era capaz de dominar muitos gêneros com facilidade, mantendo seu próprio estilo. Ele deixou para trás um legado artístico de surpreendente diversidade. Na segunda sala, você irá descobrir um artista que se destacou da multidão.
3. Família Tintim
Na terceira sala estão os principais membros do elenco de “As Aventuras de Tintim”: primeiras aparições, origens, traços de caráter, características físicas e peculiaridades únicas, explicadas pelo comentário de seu criador.
4. Cinema
Ao escrever os cenários para suas histórias, Hergé foi muitas vezes inspirado por eventos da vida real e os assuntos atuais de seu tempo. A forma como ele realmente dirigiu suas narrativas, deve-se aos princípios da arte do cinema. Na quarta sala você encontra um olhar para alguns exemplos dessas influências.
5. O laboratório
O trabalho de Hergé tem um valor científico. Consistente e profunda, suas histórias parecem simples e lógicas. No entanto, assim como estamos nos acostumando com este ritmo, eles se lançam em fantasias paranormais, deixando-nos sem palavras. Ciência e ficção fazem bons companheiros em suas histórias e quando um pouco de humor e aventura são adicionados, o resultado é incrível.
6. Sonhando com viagens
Um convite aberto para viajar, um visto para atravessar todas as fronteiras, uma viagem aos limites do nosso entendimento e às portas das grandes civilizações. No sexto quarto, Hergé nos leva a um passeio pelo seu “museu da imaginação”, cheio de humanidade e respeito pelas pessoas e continentes que exibe.
7. Estúdios Hérge
Durante 21 anos, o cartunista foi uma banda de um homem só, quase sempre sozinho ao leme de um navio. No final, ser o único a bordo esgotou o artista. A criação dos Studios Hergé foi a solução e transformou-o na cabeça de uma empresa.
8. Hérge aclamado
Em 3 de março de 1983, Georges Remi, mais conhecido como Hergé, faleceu. A notícia espalhou-se rapidamente por toda a mídia, gerações de fãs Tintin de repente sentiram como se o mundo tivesse perdido alguém insubstituível. Apesar disso, a história mostrou que os grandes artistas nunca desaparecem e é isso, que o último quarto te reserva.
Este texto foi escrito por: Gabriel Gameiro
Last modified: maio 4, 2017
