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Parque Nacional do Pantanal Matogrossense

Redação Webventure/ Destino Aventura

Tuiuiu (foto: Jurandir Lima/ Trilhas  Trilhas)
Tuiuiu (foto: Jurandir Lima/ Trilhas Trilhas)

Constituindo a mais extensa área úmida contínua do planeta, o Parque Nacional do Pantanal Matogrossense compreende 135.000 hectares preservados numa imensa planície de áreas alagáveis, sendo todo ele parte da Bacia do Rio Paraguai.

Possui uma imensa importância ecológica por abrigar um dos mais ricos ecossistemas com florestas estacionais periodicamente inundadas e concentra alimentos naturais que irão sustentar toda sua flora e fauna.

O Pantanal é resultado de uma grande depressão da crosta terrestre, de origem pré-andina, que formou um enorme delta interno, onde deságuam numerosos rios vindos do planalto. Na estação das chuvas, essa depressão fica quase em sua totalidade alagada. E nos períodos secos, transforma-se num pontilhado de pequenas lagoas, refúgio obrigatório de milhares de animais.

Situado no extremo oeste brasileiro, Parque Nacional foi criado em 1981, mas somente designado em 1993 como área de preservação. Está localizado no município de Poconé, no estado do Mato Grosso, na confluência dos rios Paraguai e Cuiabá.

Por suas características – únicas no gênero – teve sua área de conservação recentemente ampliada com a aquisição pela The Nature Conservancy (TNC) de duas áreas próximas não-alagáveis, essenciais para a reprodução principalmente da fauna terrestre.

A paisagem representa a maior concentração de fauna do neotrópico, incluindo várias espécies ameaçadas de extinção de mamíferos, répteis e peixes; além de servir como habitat para uma enorme variedade de aves tanto nativas como proeminentes de outras áreas das Américas. Sua importância foi reconhecida como Reserva da Biosfera Mundial pela Unesco.

Já a vegetação é caracterizada por uma área de tensão ecológica de contato entre as regiões fitoecológicas da Savana ou Cerrado e da Floresta Estacional Semidecídua.

Na área do parque, ocorre o ceifado gramíneo-lenhoso, ou campo, de coloração verde na época das chuvas e mais amarelado na estação seca. Com altura não superior a 20 metros, é comum se ver nas áreas menos alagadas grandes agrupamentos de Buritis, além dos típicos Cambarás, Paus-d’alho, Aroeirinhas e Louros.

Toda a variada gama de vegetação; de solo e de relevo; a alternância do ciclo das águas; o clima e a insolação propiciam ambientes favoráveis a uma produção alimentar notável, tanto no plano visível quanto no de microvidas.

Por sua diversidade de ambientes e áreas de transição, o Pantanal guarda uma das faunas mais variadas do planeta, sendo um dos ecossistemas mais produtivos do Brasil. Distribuem-se harmoniosamente na área mais de 230 espécies de peixes, 80 de mamíferos e 50 de répteis.

A coleção das aves aquáticas é considerada como das mais fascinantes do mundo, pela beleza e diversificação das espécies: são mais de 650 já catalogadas.

Nas árvores mais altas habitam os Jaburus, as Cabeças-secas e os Maguaris, enquanto os remansos são comumente procurados pelas Garças e Colhereiros. Entre as aves maiores encontram-se as Araras-azuis e diversas de rapina.

O destaque entre os répteis fica para o Jacaré-do-pantanal, que ajuda a manter em equilíbrio os cardumes de piranhas, enquanto nos locais mais inundados podem ser observados o Cervos-do-pantanal, a Capivara, a Lontra e Ariranha. Nas águas dos rios ocultam-se o Pintado, o Dourado e o Pacu e, nos segmentos mais secos, podem ser vistos o Tamanduá-bandeira, o Lobo-guará e a Onça-pintada. A não-venenosa sucuri é a maior representante dos ofídios.

A caça ilegal de jacarés, capivaras e onças-pintadas é um dos principais fatores que ameaçam a fauna da região. O fogo é outro problema grave da unidade, pois é utilizado para replantio e para manutenção de pastagens, podendo acarretar o desequilíbrio e afetar a integridade do ecossistema.

Na realidade, pouco se conhece dessa exuberante fauna, que está ameaçada de extinção pelas modificações introduzidas pelo homem em seu ambiente.

O Parque não está aberta à visitação pública, devido à falta de estrutura.

Fauna exuberante: Uma das principais atrações da região é a abundância de fauna como: araras, jacarés, garças, capivaras, tuiuiús e as piranhas. A época ideal para visitação é o período das secas, que possibilita uma melhor observação da fauna.

Safáris fotográficos e observação de aves: são as atividades de ecoturismo que mais se despontam na região, sendo forte estímulo para o desenvolvimento sustentável, através da geração de empregos e melhoria da economia local.

O clima – Com características tropicais, o clima é bem definido apresentando a época seca, de maio a setembro, e a estação chuvosa, de outubro a abril. As temperaturas médias variam de 23° a 25° C. A precipitação média anual é de 1.000 mm.

Recomendações aos visitantes:

  • O melhor meio de transporte para circular pela região é um veículo 4×4, devido às estradas de terra;
  • Contrate um guia que conheça bem a região para não se perder durante os passeios e tenha muito espírito de aventura;
  • Não realizar a pesca e a caça esportiva que são proibidas no interior do Parque;
  • Não coletar ou caçar qualquer espécie de animal ou vegetal;
  • Ao fotografar ou desfrutar do lazer junto à natureza, evite molestar os animais;
  • Lembre-se: o Parque destina-se à preservação total do seu ambiente, portanto é importante recolher e trazer todo o seu lixo de volta.

    Como chegar – O acesso é feito através da MT-060, partindo-se de Cuiabá até Poconé, por 100 Km em via asfaltada e continuando pela rodovia Transpantaneira por mais 147 Km até Porto Jofre, às margens do rio Cuiabá. De Porto Jofre até o Parque o acesso é apenas por via fluvial, navegando-se por aproximadamente 4 horas.

    “Ninguém preserva o que não conhece”.

    Este texto foi escrito por: Jurandir Lima

    Last modified: julho 19, 2005

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