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Navegação provoca reviravoltas;Coolmax continua líder

Redação Webventure/ Corrida de aventura

Como esperado, a orientação mais uma vez foi o maior diferencial e causou uma verdadeira reviravolta na classificação da etapa final do Reebok Swatch Ecomotion Circuit , que conta com cobertura on line do Webventure.

Ontem, na chegada ao PC 10, uma transição de mountain bike para trekking, a equipe Coolmax era a líder, mantendo a posição adquirida desde o início da prova. Em segundo estava a Rosa dos Ventos. “A orientação vai ser muito importante. Vence esta prova quem cometer menos erros, que conseguir navegar corretamente”, explicou Erich da equipe Rosa dos Ventos.

Justamente os erros de navegação e, segundo competidores, falhas nos mapas de prova, fizeram com que muitas equipes se perdessem no trecho de trekking que antecedeu ao duck (canoa inflável), ontem. Devido ao desgaste provocado e o tempo perdido, times de ponta como Lontra Radical e Atenah desistiram logo depois de completar este trecho.

Porém, a maior surpresa causada pelo grande número de equipes se perdendo nas etapas que exigiram navegação foi o resultado do PC16. A primeira a chegar para a transição de trekking para mountain bike foi a By Supplex, apenas 9ª colocada no PC10.

Depois, veio a Guiça, seguida pela Brasil 500 anos. Coolmax e Rosa dos Ventos passaram a ser respectivamente quarta e quinta colocadas, mostrando claramente o quanto podem ser imprevisíveis as corridas de aventura. No PC 18, o penúltimo da prova, a primeira a chegar foi novamente a Coolmax. A previsão é de que campeã termine o percurso de 138 km às 18h.

Uma corrida de aventura é um rali humano. Uma prova de velocidade, muitas são non-stop, em que equipes, com três ou quatro integrantes, devem utilizar habilidades físicas para cumprir etapas de trekking, mountain bike, técnicas verticais (rapel, ascensão e tirolesa), cavalgada, nado, caiaque, canoagem, vela e rafting, além de terem conhecimentos em orientação.

É uma mistura de expedição e competição. Aos olhos dos competidores, é um teste de resistência física e psicológica. Aos olhos dos espectadores, é pura loucura.

O conceito foi criado pelo jornalista francês e amante da natureza, Gerárd Fusil. Em 1989, na Nova Zelândia, ele montou a precursora Raid Gauloises, dando início a um universo que hoje sustenta atletas profissionais e organizadores.

Já existe um Circuito Mundial de Corridas de Aventuras (AR World Series), formado por sete provas, todas classificatórias para Discovery Channel World Championship Adventure Race. Mas, na atualidade, a maior corrida do mundo é o Eco-Chellenge, do expedicionário Mark Burnett. A quinta edição (2000) aconteceu em Bornéo, na Indonésia.

Em razão do quinto centenário de descobrimento, o Brasil já foi sede de um corrida internacional. Em abril de 2000, Elf-Authentique Aventure, idealizada por Gerárd, cruzou os estados do Maranhão, Piauí e Ceará, em mais de 850 km de percurso. A prova passou por lugares exuberantes, como os Lençóis Maranhenses.

No rastro – O Brasil teve sua primeira corrida de aventura em 1998 com a Expedição Mata Atlântica, hoje pertence ao circuito mundial como a única etapa sul-americana. Nos últimos dois anos, quando fora formado o Circuito Brasileiro de Corridas de Aventura, houve um boom neste tipo de competição. Cada vez mais, adeptos competem em provas espalhadas por todo o país.

A EMA Expedição Mata Atlântica continua sendo a mais importante, com um percurso em torno de 450 km. Porém, há outras no rastro, como o PETAR (2000 e 2001), Raid Brotas Extreme, Litoral 2000, Reebok Ecomotion Circuit (Serra da Bocaina, Paraty e Itatiaia), Rio Eco 2000, que contou com a participação de equipes estrangeiras, Desafio Costa do Sol (Paraíba), entre outras.

Este texto foi escrito por: Debora de Cassia

Last modified: abril 29, 2001

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