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Modalidades e categorias no rafting

Redação Webventure/ Rafting e canoagem

Bateria de sprint no Mundial de rafting 2003. (foto: www.kanoe.cz)
Bateria de sprint no Mundial de rafting 2003. (foto: www.kanoe.cz)

A cada ano que passa, o rafting competitivo ganha novos adeptos e aumenta a presença no cenário nacional e internacional.

No Brasil, existe uma confederação que regulamenta as competições, a Confederação Brasileira de Canoagem (CBCa), somada as entidades regionais filiadas. Internacionalmente, é a International Rafting Federation (IRF) que promove e regulamenta os campeonatos, entre eles o Campeonato Latino-americano de Rafting e o Campeonato Mundial.

As regras tem evoluído bastante com o desenvolvimento do rafting competitivo. Hoje, existem duas categorias, a masculina e a feminina. Para estar apto a participar de uma competição, deve-se cumprir primeiro alguns preceitos básicos. Um deles é que os botes devem ter as seguintes medidas:

Comprimento – mínimo de 3,60m; não há medida máxima.

Largura – mínima de 1,80m

Todos os participantes são obrigados a usar em provas oficiais colete salva-vidas com flutuabilidade de 7,5kg, capacete com fivela, calçado com sola de borracha e remo. Os integrantes da equipe devem apresentá-los no momento da largada e chegada das provas. Os lemes são proibidos em todos os botes e cada equipe pode levar um remo reserva.

Os campeonatos oficiais da CBCa e da IRF possuem uma configuração com 4 provas:

Tiro de velocidade

O objetivo é percorrer o percurso no menor tempo possível. A ordem de largada deve ser feita por sorteio. A equipe que não estiver na largada em seu horário, perderá a descida e será considerada, automaticamente, a última colocada na prova. Se houver mais de uma equipe nesta situação, haverá um sorteio para definir a colocação de cada uma. O intervalo de largada entre as equipe é de 1 minuto.

O percurso do Tiro de Velocidade é de até 500 metros. Esta prova serve também para montar as baterias da fase de classificação do Sprint e a ordem de largada do Slalom.

Slalom

O objetivo é cumprir o percurso da corredeira delimitada por 10 “portas” (uma porta consiste em duas balizas redondas de 2 metros suspensos do rio e com um espaço entre elas variando de 2,80 a 3,20 metros), no menor tempo possível, com o mínimo de penalizações. Cada equipe deve passar conforme o sentido indicado (a favor, sinalizadas por balizas verdes, e contra, sinalizadas por balizas vermelhas).

A largada deve ter intervalo de 2 a 3 minutos entre as equipes. A ordem de largada deve ser a ordem inversa do resultado do Tiro de Velocidade. Cada equipe deve cumprir o percurso 2 vezes, e sua melhor passagem é computada para o resultado final.

Caso toque em alguma porta, a equipe é penalizada coma soma de 5 segundos ao tempo final. Se por outro lado, um ou mais membros da equipe não passarem pela porta, são acrescidos 50 segundos ao tempo final.

A linha de chegada deve estar a uma distância de 25 metros da última porta, posicionada no final da corredeira, sendo a mesma do Tiro de Velocidade e do Sprint.

Sprint

O objetivo é cumprir o percurso em menor tempo que o bote oponente na bateria disputada, em todas as fases da prova (fase de classificação, repescagem, quartas-de-final, semifinal e final). A largada deve ser realizada com dois botes lado a lado, com as seguintes obediências:

  • O bote que tiver obtido o melhor tempo no Tiro de Velocidade ou na bateria anterior poderá escolher o ponto de largada entre os sugeridos, sendo assim chamada de “pole position”;

  • Se houver número ímpar de equipes para disputa de uma fase, uma delas deverá largar sozinha, e ser considerada vencedora da bateria (o tempo será computado para efeito de montagem das baterias de próxima fase).

    Descenso

    O objetivo é cumprir um percurso, estabelecido pela organização da prova, no menor tempo possível. A ordem de largada deve ser definida de acordo com a classificação geral da competição (somadas as provas de Tiro de Velocidade, Slalom e Sprint). São baterias de 4 equipes, com intervalo de 1 minuto ou mais entre cada bateria.

    A equipe melhor classificada até o momento poderá escolher o ponto de largada entre os quatro sugeridos, sendo assim o “pole position”, como as 2ª e 3ª equipes, respectivamente. O percurso é de cerca de 4 km a 10 km, compreendido entre a régua e o rio/ represa.

    Há também uma prova, realizada no âmbito nacional, que não conta pontos para a competição, mas serve para profissionalizar os guias de rafting. É a prova de Resgate. Esta prova consiste em cumprir tarefas, definidas pela organização da competição, como, por exemplo, resgate de uma pessoa na corredeira, virada e desvirada do bote, resgate com bote em movimento, entre outras. Para esta prova foi criado a Copa Brasil de Resgate que entra em 2001 na sua segunda edição.

    Este texto foi escrito por: Webventure

    Last modified: março 22, 2000

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    Redação Webventure
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