O mel é um alimento produzido pelas abelhas a partir do néctar de flores e usado no preparo das mais diversas receitas, além de ser consumido puro independente da dieta. Por conta do seu sabor adocicado, algumas pessoas substituem o açúcar pelo produto. Mas será que isso é saudável? Quais as consequências dessa prática?
A nutricionista da Unifesp, Anita Sachs, durante entrevista ao Webventure destacou os benefícios do alimento e a importância de incluí-lo dos hábitos cotidianos. “O mel é um produto muito democrático, pode ser consumido por pessoas de todas as idades a partir dos dois anos de idade, sem restrição. Além de ser anti-oxidante, ele auxilia em inflamações e previne cáries”.
A estudante de publicidade Kézia Silva, trocou o açúcar pelo mel há dois anos, e conta que sua qualidade de vida melhorou. “Como o mel é doce, não foi difícil fazer essa substituição. Passei a me sentir mais disposta com o tempo, e hoje em dia raramente fico gripada, por exemplo”.
A também nutricionista Andrea Matarazzo concorda com a profissional da Unifesp Anita Sachs, já que a riqueza de vitaminas e minerais são enormes, porém, alerta para as consequências de um consumo irregular.
“O cuidado que precisamos tomar é com o excesso, já que este alimento agrega muita energia, e consequentemente, calorias. Não podemos afirmar ao certo a quantidade ideal para todos, isso depende do gasto calórico que cada um tem individualmente. Eu diria que entre duas e quatro colheres diárias de mel são ideais”.
Todas essas propriedades energéticas também podem favorecer os atletas. O professor da Universidade de São Paulo (USP) e pesquisador dos aspectos físico-químicos do alimento, David de Jong, afirma que esportistas podem substituir energéticos pelo mel tendo os mesmos ganhos.
“O ideal é consumir antes e durante as provas. O mel tem uma absorção mais fácil que o açúcar pelo corpo, e ambos alcançam os mesmos picos. Já foram feitas pesquisas demonstrando que o alimento é melhor que o açúcar em todos os sentidos, logo, o atleta que consome tem um desempenho superior aos outros”, destacou o pesquisador.
“É importante incluir o mel na alimentação, mesmo que seja em algumas receitas. Da mesma maneira que educamos o nosso paladar para comermos algo muito doce, podemos adaptá-lo para ingerirmos outros alimentos e apreciarmos da mesma forma”, finalizou Andrea.
Este texto foi escrito por: Fanni Duarte
Last modified: outubro 4, 2018