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Índia: conheça alguns pontos turísticos pelos olhos de duas viajantes

Arquivo/ Destino Aventura

Em pleno século 21, a terra de figuras inspiradoras como Buda e Gandhi ainda mantém suas cores e misticismo, motivando viagens que vão muito além das mundanas excursões turísticas. Uma pequena amostra dessa impressionante nação de mais de um bilhão de habitantes, dezenas de idiomas e religiões é dada no triângulo de ouro, a rota entre a capital, Nova Déli, a linda Agra e Jaipur, no coração do estado do Rajastão.

Para viajar para Índia não basta arrumar a mala, comprar uma passagem e sair de casa. Antes, você precisa tomar alguns cuidados como o visto e as vacinas em dias. O país exige o documento para a entrada e com o comprovante que todas foram tomadas, pois a incidência de doenças como hepatite A e B, raiva, tétano, gripe, febre tifóide e encefalite Japonesa é alta.

A arquiteta Helena Vilela e a jornalista Dani Rosolen não se conhecem, mas foram para a Índia pelo mesmo motivo: fazer trabalho voluntário. “Escolhi ir a Índia em um programa de dois meses feito pela AIESEC. Meu Projeto era sobre empoderamento de jovens e tinha como base liderança, educação e cultura, chamava-se ‘I’m Empowered'”, explica Helena. Já Dani, passou três meses vivendo quase como uma indiana. “Realizei trabalho voluntário em duas instituições, uma de crianças com câncer (em Nova Déli) e outra de animais abandonados (em Hyderabad)”, conta.

Crianças do projeto Im Empowered, em uma favela nos arrabaldes de Jaipur. Foto: Helena Vilela/Arquivo Pessoal Crianças do projeto Im Empowered, em uma favela nos arrabaldes de Jaipur. Foto: Helena Vilela/Arquivo Pessoal

A jornalista conta que usava tuk tuks, ônibus e metrô para se deslocar até o trabalho e nunca sofreu nenhum tipo de assédio nesses transportes. “Até porque no metrô há vagões apenas para mulheres e nos ônibus que utilizei, as mulheres iam sentadas (muitas vezes amontoadas) na parte da frente e os homens na parte de trás. Em relação aos tuk tuks, a principal indicação é barganhar sempre. Os motoristas podem chegar a cobrar dez vezes mais aos estrangeiros”, alerta.

As duas viajantes passaram por diversos pontos turísticos indianos, elas falaram sobre alguns dos que mais gostaram e fizeram algumas recomendação ao Webventure:

Palácio dos Ventos – Hawa Mahal

Palácio dos Ventos - Foto: Helena Vilela/Arquivo Pessoal Palácio dos Ventos – Foto: Helena Vilela/Arquivo Pessoal

“Se fosse pra contar o que mais gostei da Índia, eu não saberia dizer. Posso falar que ir ao Hawa Mahal (O Palácio dos Ventos) e conhecer a Cidade Rosa no dia de natal foram os passeios mais emocionantes de todos”, conta Helena. O palácio foi construído a mando do marajá Sawaj Pratap Singh, em 1799, de modo que as mulheres do harém pudessem observar o que se passava na rua sem serem notadas. O edifício de cinco andares está repleto de janelas e varandas com grades rendilhadas, foi dedicado a Krishna e se parece com a coroa usada pelo deus.

Cidade Rosa

Cidade Rosa - Foto: Helena Vilela/Arquivo Pessoal Cidade Rosa – Foto: Helena Vilela/Arquivo Pessoal

A Cidade Rosa é capital do estado do Rajastão e ganhou o apelido depois que o imperador Jai Singh II quis deixá-la receptiva aos ingleses que visitariam o estado, uma vez que para os hindus, o rosa é uma cor hospitaleira. Toda a arquitetura da cidade impressiona, pois ela foi construída sobre um plano quadriculado, por isso é tão reta e simétrica, além de seguir os princípios arquitetônicos da Shilpaslastra, um tratado hindu da época.

Taj Mahal

Foto: Helena Vilela/Arquivo Pessoal Foto: Helena Vilela/Arquivo Pessoal

O Taj Mahal é conhecido no mundo inteiro como um símbolo de amor e é, sem dúvida, um edifício lindo. O mais famoso monumento da Índia é um mausoléu que o imperador muçulmano Shah Jahan mandou construir para a sua esposa Mumtaz Mahal nos anos 1600. Sim, esta “maravilha do mundo” é um túmulo muçulmano. “Chegar ao Taj Mahal foi uma aventura e tanto! Passamos por 7 horas de viagem em um ônibus na madrugada. Um conselho: vá o mais cedo possível e de preferência alugue um carro.”, indica a arquiteta.

“Sua grandiosidade impacta qualquer um”, afirma a jornalista. Uma das lendas mais famosas diz que depois da construção do mausoléu, o imperador mandou cortar as mãos de todos os arquitetos e artesãos que tinham trabalhado nele, para que nunca pudessem construir um edifício igual no futuro. Outra lenda famosa diz que Jahan queria construir um “Taj Mahal preto” do outro lado do Rio Yamuna, mas ele morreu antes de poder realizar este projeto.

Manali – “A Suíça indiana”

Foto: Mouth South Foto: Mouth South

Quem sempre imagina a Índia quente e desértica, com camelos e elefantes, encontra em Manali praticamente o oposto, com búfalos, coelhos e montes de neve nas ruas. A cidade fica no estado de Himanshal Pradesh, no norte do país, cercada pelas montanhas do Himalaia e cortada por um rio. Com tal geografia, não importa a época do ano, sempre há o que fazer em Manali, seja para os mais aventureiros, seja para os mais preguiçosos.

“Quando fui não estava nevando, mas as montanhas ainda estavam cobertas por neve. É uma cidade bem romântica e onde os indianos costumam passar a lua de mel. Como não poderia deixar de ser”, conta Dani. Se você for no inverno terá a chance de conhecer, na vila de Solang Nullah, a versão indiana de uma estação de esqui. Como tudo na Índia quase sempre ganha os adjetivos de confuso, bagunçado, cheio e barulhento, ali não seria diferente.

Este texto foi escrito por: Gabriel Gameiro

Last modified: junho 23, 2017

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