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“Foi uma perda trágica para o mundo”, escreve Margi

Redação Webventure/ Vela

Margi Moss escreve um desabafo exclusivo pela morte trágica do neozelandês Peter Blake, considerado o melhor velejador do mundo, assassinado num assalto em seu barco, no Amapá.

A morte de Sir Peter Blake, o melhor velejador de todos os tempos, abalou o mundo do iatismo. Abalou toda a Nova Zelândia, que perdeu seu herói. E foi uma perda trágica para o mundo.

Explica-me como funciona essa tal de justiça divina. Esse homem, um ecologista convicto até que enfim um sucessor de Jacques Cousteau -, trabalhando em prol de um mundo melhor, foi logo morrer de uma maneira tão fútil, a troco de nada.

Um homem que, apesar de suas vitórias heróicas nos sete mares, simplesmente quis dedicar o resto de sua vida a algo que beneficie o planeta que tanto amava. Pesquisando e divulgando, informando e educando, na esperança de que qualquer mudança de atitude, por menor que seja, possa ser um passo positivo.

Um homem que enfrentou a fúria de todos os oceanos foi morrer num ato covarde num pedaço de rio barrento sem ondas. No Brasil. E, com isso, o Brasil novamente se projeta pelas manchetes do mundo por uma barbaridade. Se o local é tão conhecido por ser freqüentado por “piratas” ou “ratos d’água” nomes exóticos para dizer, simplesmente, ladrões nojentos significa que eles têm agido impunes, assaltando outros barcos. Então, faltou vontade de parar com esses crimes? FHC “mandou” investigar. Quer dizer, se não fosse uma pessoa tão famosa, não haveria investigação?

Sei o que vão dizer. Foi uma fatalidade. Culpa dele. Não deveria ter reagido (apesar de que, segundo as informações nos jornais, foi baleado nas costas). Dizem, até nos filmes, que Deus é brasileiro. Então, Deus e o Brasil não deviam ter permitido essa “fatalidade”.

Margi Moss escreveu especialmente para o Webventure. Queniana que abraçou o Brasil como pátria, ela realiza expedições ao lado do marido Gerárd Moss. Entre os projetos que os dois já concretizaram, está uma volta ao mundo e outra aos Extremos da América. O último projeto, Asas do Vento, mais uma volta ao mundo, foi concluído em setembro deste ano a bordo de um motoplanador.

Este texto foi escrito por: Webventure

Last modified: dezembro 7, 2001

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Redação Webventure
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