A montanhista Rosita Belinky (foto: Luiz Eduardo Anelli)
A montanhista Rosita Belinky (foto: Luiz Eduardo Anelli)

Baixe agora o papel de parede em comemoração ao Dia da Mulher!

Elas são mulheres de fibra, de garra, que vivem a vida com Aventura. Mas não são aventureiras no sentido de atitudes perigosas ou duvidosas. Elas são ousadas, atrevidas, lançam-se a riscos calculados… tudo em busca da liberdade e da paixão por sentimentos mais fortes.

Nesse Dia Internacional da Mulher, o Webventure mais uma vez homenageia as mulheres da aventura, perguntando a elas o que é Aventura e como se realizaram pessoalmente ou profissionalmente com esses esportes. Essa maneira de viver tão desejada e ainda tão pouco conquistada por outras mulheres.

Algumas são atletas profissionais – como Roberta Nunes (montanhismo), Marina Verdini, Eleonora Audrá e Silvia Guimarães (corrida de aventura); outras são profissionais do meio como a médica Laíra Campello, a empresária Cristiane Ferraz, a organizadora de eventos Silvia Andreo e ainda tem as competidoras amadoras como Márcia Regina Ramos Santos. Já Helena Coelho e Fernanda Preto uniram a paixão pelo esporte e pela aventura para ensinar as pessoas a caminhar e escalar montanhas e fazer fotografias de natureza, respectivamente.

Cada uma a seu modo, elas falam aqui o que isso representa para cada uma delas. Inspire-se!

Depoimentos para o Dia da Mulher

“Minha frase é: faço do meu trabalho uma aventura e da aventura o meu trabalho. Antes eu competia, agora me realizo como organizadora de eventos. Aventura para mim é uma coisa solta, uma sensação de liberdade, de saltar de pára-quedas, de contato com a natureza. Acredito que contribui para o esporte e ajudei a profissionalizar o enduro a pé nesses dois últimos anos”.
Silvia Andreo é empresária, organizadora das provas de trekking de regularidade da Copa North foi competidora de enduro a pé.

“É o prazer de procurar aquilo que você quer e viver com liberdade. É fazer coisas diferentes do usual, ir para lugares em que você faz parte da história naquele momento. É viver com prazer de procurar o que você quer, o seu objetivo. Porque não adianta planejar, você tem de viver. Estou me realizando profissionalmente como montanhista há poucos anos, e isso é para mim o melhor de tudo, trabalhar no ambiente que eu adoro“.
Helena Coelho, colunista do Webventure, é guia de montanha, já escalou o monte Aconcágua várias vezes, pelas vias normal e Polacos, bem como montanhas na América do Sul. Fez também algumas tentativas de atingir o cume do Everest sem oxigênio, chegando a 8.400 metros de altitude, sendo a brasileira que mais alto já escalou.

“É descobrir o limite do corpo e mente a cada obstáculo vencido e ter a certeza que nunca vou chegar ao topo porque o limite não tem fim. Eu me realizo sempre quando traço meus objetivos e os cumpro; quando estou perto da natureza e sou desafiada por alguma coisa em que tenho de dar tudo de mim… eu não sei viver sem Aventuras. Na realidade a vida é uma Aventura”.
Roberta Stopa é ciclista profissional em Juiz de Fora (MG) patrocinada pela Amazonas, Fuji e São Sebastião. É a segunda melhor do Brasil em cross-country, e já fez outros esportes como surfe, vôo livre, corrida de aventura e bungee-jump.

“É tudo aquilo que representa uma corrida de aventura. É lidar com o inesperado, você não saber o que vai encontrar lá na frente e saber contornar as situações inesperadas com calma. O meu tipo de realização na aventura vai mudando; antes de auto-afirmação, ver até onde eu era capaz de ir e hoje em dia não preciso provar nada para mim e hoje minha realização é o prazer de desvendar o mistério”.
Marina Verdini é atleta da equipe Mitsubishi Salomon Quasar Lontra e personal trainer.

“É a maneira que eu encontro de estar próxima da natureza, dos amigos e de Deus. É incrível a energia que vem de um rio, das ondas do mar, das montanhas… Eu me realizo de muitas maneiras: viajando e conhecendo pessoas e lugares diferentes, ensinando o que eu sei aos mais novos, mas principalmente por ter aprendido a dar valor a coisas como o prazer de descer um rio com os amigos ou ver um pôr do sol na praia”.
Roberta Borsari, personalidade Webventure, é designer e canoísta de Kaiak Surf, canoa havaiana, e descida em rio. Já foi campeã tricampeã de rafting e instrutora.

“É o melhor para acabar com o stress na redação. Por que não participar do rali apesar que eu bem que gostaria! minha realização é passar todas aquelas emoções para o leitor. Mostrar que o rali não é um lugar onde todo mundo morre, mas sim uma competição de respeito, que tem muita aventura e adrenalina com riscos calculados”.
Ana Lúcia Moraes é jornalista e foi editora durante seis anos da revista Fora de Estrada, especializada em off-road. Cobriu diversas provas de rali no país, dentre elas o Rally Internacional dos Sertões.

”Eu considero uma aventura todo projeto no qual me submeto a fatores calculados e previstos. Não que eu saiba exatamente se (ou quando) vai abrir uma tempestade com ventos de 100km/h no meu acampamento na Antártica… mas vou para lá sabendo que isso pode acontecer e estarei preparada! Minha realização vem quando o projeto dá certo, mesmo com momentos de aflição ou desconforto, pois, certamente, as imagens maravilhosas e a memória dos momentos bons é a que vai prevalecer quando eu voltar para casa”.
Rosita Belinky, consultora do Webventure e da revista National Geographic Brasil, é montanhista e acompanhou cientistas do Programa Antártico Brasileiro, por intermédio do convênio do CAP e a SECIRM, participando de cinco expedições na Antártica. Trabalha com treinamento ao ar livre e também como tradutora e intérprete.

“É aquilo que mexe com os sentimentos, que tem como sinônimo a emoção. A gente aprende, supera desafios, chora, vibra, torce. Acho que este é o motivo pelo qual decidi trabalhar com isso… E quando você começa fica difícil parar, pois é muito bom!”.
Ana Carolina Vieira é jornalista, assessora de imprensa da equipe Petrobras Lubrax de rali. Ana está presente em todas as provas de rali com seus pilotos, como o Rally dos Sertões, e no rali Dakar 2005 não desgrudou da equipe através do site de cobertura e do telefone por satélite.

“É poder estar perto de coisas, lugares, ações e pessoas que me emocionam e dessa maneira conseguir fazer pulsar o sangue nas veias, esquecer os problemas e viver intensamente esses momentos! Nada melhor que sentir satisfação com um trabalho que se ama arduamente”.
Márcia Cristina Rocha é assessora de imprensa de competições de aventura no Piauí, como o Bike Race Across e ralis Piocerá-Cerapió e Rally do Agreste.

“É a busca pelo novo, pelo inusitado. Toda vez que vamos para uma prova não sabemos o que vai acontecer. Na aventura eu me realizo com o inesperado e o prazer pelo contato com a natureza”.
Laíra Campello é médica especializada em aventura e idealizadora do SARE Socorrismo em Áreas Remotas e Expedições. Já trabalhou em várias corridas de aventura como responsável médica pelo atendimento de emergência.

“É poder exercer a liberdade física e emocional que o ser humano necessita para sobreviver, é poder expressar de forma única e essencial a ânsia de conhecer o outro e ir além de quem sou. De forma a observar meu corpo praticando o “ser livre”, buscando o equilíbrio entre cotidiano e a busca do novo”.
Fernanda Preto é montanhista e fotógrafa de natureza e aventura.

“É viver o presente, estar concentrada naquela atividade, naquele momento. A aventura é o motivo para eu viver… com esse mundo tão caótico, é uma terapia poder se relacionar com esses esportes e estar bem consigo mesmo. A escalada é uma conseqüência, uma aventura que amplia meu limite. Sou realizada porque partiu de uma paixão minha profissionalização nesta atividade que é o montanhismo”.
Roberta Nunes, colunista do Webventure, esteve por cinco temporadas na Patagônia Argentina e participou de expedições no Chile, Colômbia, França, Espanha, Eua e Groenlândia. Fez a abertura da via Hidrofilia, de 1.620m, na Groenlândia em 2003.

“É saber que eu posso trabalhar e aproveitar alguns momentos de adrenalina.é fazer algo que eu não sei o final. É realizar uma atividade ousada, de risco, onde eu sinta meu coração pulsa mais rápido e sinta prazer com isso. Me realizo encarando todas oportunidades que aparecem. Não digo “não” para nenhum desafio… Por mais medo ou receio que eu sinta, minha obstinação e desejo de me aventurar são maiores”.
Isis Moretti é repórter da revista 4×4&Cia, especializada em off-road.

“A viagem para mim é uma aventura! Eu me considero uma aventureira de trekking, caminhadas, de voar no Chile de asa-delta, por praticar esportes extremos, por esquiar com toda a liberdade que isso me traz. Já morei em vários lugares do mundo e gosto de conhecer coisas. Minha realização pessoal juntou com a profissional quando abri um restaurante que reúne um pouco desse mundo no dia a dia das pessoas”.
Cristiane Ferraz, é empresária, tem dois restaurantes temáticos dentre eles o Podium Adventure fez grandes viagens e morou fora do Brasil.

“É um estilo de vida; é estar sempre testando nossos limites, coisas novas, novos lugares, novos jeitos de viver. É estar aí, descobrindo o mundo. A aventura me traz energia pra viver. Eu vivo pra aventura! Me realizo como profissional, como atleta, como professora”.
Silvia Guimarães, a “Shubi”, é atleta da Clight Salomon Atenah, psicóloga e monitora no Adventure Kids.

“É uma paixão acima de tudo. Um estilo de vida; é correr em busca de desafios, superação e limites. Na aventura me realizo fazendo o que eu gosto e através da aventura estar crescendo e ensinando as pessoas a fazerem o que eu gosto. Eu me realizo me aventurando”.
Eleonora Audrá, a “Nora”, é designer e atleta da equipe Clight Salomon Atenah de corrida de aventura.

“É um estilo de vida que envolve novos desafios, qualidade de vida e responsabilidades ecológica e social. Eu me realizo usando a aventura no meu trabalho como um instrumento para melhorar o desenvolvimento do país e das comunidades que visito”.
Ana Paula Brasil é jornalista especializada em esportes e turismo de aventura.

“É uma proposta de viver mais intensamente, de conhecer novos lugares e novas culturas, ter contato com a natureza e com as pessoas. Na Aventura a gente dá um drible no tempo e mostra que é capaz de continuar fazendo as mesmas coisas que sempre fez”.
Jussara Nery, montanhista, é enfermeira de formação, atua na Femesp como secretária, e já fez trekking no Nepal, Peru, Argentina, Equador. Também fez escalada em gelo na Bolívia, descida do Rio Amazonas na Colômbia até Manaus e nos “bons tempos” fez várias viagens “mochileiras” por todo o Brasil.

“É uma sensação de liberdade e relaxamento, remete à natureza. Aventura lembra tudo isso! É sair do cotidiano, promover o constante desafio de estar se superando em um esporte que não há riscos. A prática nos traz melhoras significativas no dia a dia, tanto em condição física quanto na relação com as pessoas e com os problemas. Na aventura você não compete com outros e sim com você mesmo”.
Márcia Regina Ramos Santos é funcionária pública em Santos (SP) e compete pela equipe feminina Las Ogras Loucas nas provas de trekking de regularidade Campeonato Paulista de Enduro a Pé e Copa North.

Este texto foi escrito por: Camila Christianini e Cristina Degani

Last modified: março 8, 2005

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Redação Webventure
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