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Com “sonho” realizado nas motos, Jean projeta volta aos carros após Dakar 2011

Redação Webventure/ Dakar

Jean não pretende continuar competindo nas motos (foto: Marcelo Maragni)
Jean não pretende continuar competindo nas motos (foto: Marcelo Maragni)

O sentimento de realização estava estampado no rosto de Jean Azevedo no retorno ao Brasil, após terminar o Rally Dakar 2011 em sétimo nas motos. Para quem era um “sonho” ficar entre os dez primeiros quando viajou à Argentina, palco da largada, a boa colocação final foi uma prova de que ele ainda pode ser competitivo em sua categoria de origem. Mas nada disso mudou os planos do piloto, que pretende voltar aos carros em breve.

“Quando eu saí do Brasil, a única expectativa que eu tinha era de terminar o rali”, lembrou Jean. “Com o passar dos dias as expectativas foram mudando, e da metade para o final já era de ficar entre os dez primeiros”, completou o brasileiro. Além do sétimo lugar no geral, o piloto também foi o melhor na categoria Super Produção, vitória que lhe rendeu mais um troféu do Dakar.

A colocação final igualou o seu segundo melhor resultado no Dakar na sua campanha de maior destaque, Jean terminou em quinto nas motos -, fato valorizado pelo piloto. “Poder voltar lá e fazer os resultados que eu fazia há quase dez anos me deixa bem contente”, comentou o brasileiro, que disputou o maior rali do mundo nos últimos dois anos entre os carros. “A exigência da moto é muito maior, o desafio é muito maior.”

Tudo isso, porém, não foi suficiente para mudar a meta maior de Jean na carreira de piloto: buscar nos carros o mesmo sucesso que teve nas motos. Ele deixou claro que a estratégia de voltar para a sua categoria de origem foi apenas visando o melhor para a equipe Petrobras Lubrax no Dakar 2011, já que Marlon Koerich ocupou o que seria o seu posto nos carros, ao lado do navegador Emerson Cavassin, o Bina.

Para a sequência da temporada, mesmo sem ainda ter conversado com a equipe, a ideia é voltar a correr com Bina, o que deve acontecer, entre outras competições, no Rally dos Sertões, em agosto. “Com certeza, se eu estiver no carro o Bina será meu navegador”, disse Jean, já projetando o próximo Dakar. “O meu objetivo é ter um carro de ponta, por que eu sei que posso fazer um bom Dakar se eu tiver um carro bom.”

Torcida para Coma – Ao fim do Dakar, Jean foi parabenizar o espanhol Marc Coma, vencedor entre as motos, e também ganhou de volta um reconhecimento pelo seu bom resultado no retorno à categoria. Não à toa, Coma sempre teve a torcida dos competidores brasileiros na disputa com o francês Cyril Despres, que defendia o título. O porquê, segundo Jean, é fácil.

“Ele (Despres) é uma pessoa muito difícil, tem lá o jeito dele, que eu respeito, mas não compartilho com as atitudes que ele tem”, opinou o piloto, revelando um sentimento que é compartilhado por muitos outros nos bastidores do Dakar. “Se hoje o único piloto que está em condições de batê-lo é o Coma, a maioria da torcida vai ser para o Coma”, explicou Jean.

Este texto foi escrito por: Rafael Bragança

Last modified: janeiro 18, 2011

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