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Colunista do Webventure dá dicas para a escolha do seu destino de viagem

Redação Webventure/ Destino Aventura

Passeio de quadriciclo  por exemplo  exige motoristas com CNH (foto: Arquivo Pessoal/ Rosely Atanes)
Passeio de quadriciclo por exemplo exige motoristas com CNH (foto: Arquivo Pessoal/ Rosely Atanes)

Uma viagem é bem-sucedida quando você cumpre seu objetivo. E qual o objetivo da sua viagem? A resposta parece óbvia, mas não é. Sempre gostei muito de viajar, mas só após muitas experiências e algumas situações difíceis passei a planejar melhor e a analisar meus reais objetivos em cada uma das viagens. Assim aproveita-se todos os momentos sem grandes aborrecimentos.

Sua intenção é viajar com amigos, namorar ou quer viajar sozinho? As situações são muito diferentes. As decisões quando a aventura envolve mais pessoas têm que ser discutidas antecipadamente para não estragar o passeio. Nada pior do que ficar contrariado e perder toda a alegria dos desafios.

Você quer agito ou sossego? Quer apreciar as belezas naturais? Gostaria de praticar esportes de aventura? O ecoturismo, com um roteiro que envolva também atividades esportivas ao ar livre, é sempre uma boa ideia, proporcionando tranquilidade e agito numa medida que pode se adaptar às suas intenções e condições físicas.

Você não imagina como as experiências emocionalmente diferentes aliviam o stress e estimulam sentimentos e sentidos esquecidos na rotina de grandes cidades. A solidariedade e a liderança também ficam mais aguçadas pela superação dos desafios e medos sugeridos durante a prática do turismo de aventura.

Você tem inúmeros roteiros à sua disposição para ter um contato mais íntimo com o ambiente: parques, praias, rios, vales, montanhas, riachos, cachoeiras, picos e chapadas. A cada dia que passa, surgem novos destinos e modalidades esportivas. A prática de esportes de aventura vem crescendo no Brasil, permitindo que qualquer pessoa, mesmo sem conhecimento técnico ou experiência, sinta a sensação e emoção do desafio.

Atualmente, há também várias modalidades esportivas adaptadas a diversos tipos de deficiência física ou mobilidade reduzida. Isso sim é um grande avanço: permitir a acessibilidade de fato! Mas é muito importante lembrar que as atividades de aventura de caráter recreativo sempre devem ser realizadas com a supervisão de técnicos habilitados, utilização de equipamentos de segurança e o respeito às habilidades individuais de cada turista.

Cavalgadas, arvorismo, tirolesa, rafting, escalada, rapel, trekking, vôo livre, surf, alpinismo, montanhismo, paraquedismo, mountain bike, acquaride, asa-delta, canoagem, canyoning, mergulho, parapente, entre outros, que antes eram esportes praticados por um pequeno grupo de pessoas, se tornaram populares em pouco tempo.

Planos detalhados – Para decidir sobre o roteiro ou o destino é indispensável pensar em quanto você quer ou pode gastar e o tempo disponível para sua viagem. A informação é fundamental. Uma boa pesquisa sobre o roteiro desejado pode animar, encorajar você, ou mudar totalmente seus planos. Pela internet, podemos ter uma boa noção sobre o roteiro, pontos turísticos, roteiros ecológicos, melhor época do ano para visitas, serviços locais, passagens aéreas, acesso a rodovias, condições de hospedagem, operadoras e atividades disponíveis.

Se você for de carro, informe-se sobre a rota e condições das estradas, e leve o GPS ou mapas para localizar cidades e distâncias. Não se acanhe em parar quando estiver em dúvida e pedir esclarecimentos. Pergunte em postos de combustíveis ou a funcionários de lanchonetes, isso pode simplificar sua vida!

Se não for viajar de carro procure conhecer todas as possibilidades de transporte, traslados, vans, locações, inclusive para os passeios no local. Procure em sites especializados e, se possível, dê uma olhada também nos relatos de viajantes, leia as opiniões.

Verifique quais as opções de esportes disponíveis e principalmente se todos são praticados sob a coordenação e acompanhamento de um ou mais monitores especializados. Melhor ainda é ligar para os locais selecionados. Busque as melhores opções, mas esteja sempre preparado para improvisações, é bom ter um plano B porque a instabilidade do tempo pode alterar seus planos.

Você pode aproveitar esses dias para conhecer o comércio e artesanato local,visitar exposições, museus, explorar a gastronomia, fazer um tour pelas propriedades agrícolas próximas que revendem produtos artesanais, ou simplesmente descansar.

Seja qual for sua decisão, deve haver alguma flexibilidade no roteiro para que a ansiedade de cumprir a meta estabelecida não se torne o objetivo principal da viagem. Procure separar as atrações de acordo com o tempo necessário para cada uma delas.

Há atividades que levam pouco menos de uma hora, como visitar uma igreja nas cidades históricas de Minas Gerais; um passeio de quadriciclo em Monte Verde, também em Minas, pode ter até duas horas de duração; a flutuação no Rio da Prata, no Mato Grosso do Sul, ocupa um período inteiro; apreciar a natureza selvagem no Rio Novo, no Jalapão, Tocantins, e desfrutar das atividades propostas ocupará o dia todo.

Também lembre que você pode cansar-se fisicamente. Quanto você consegue andar por dia? Saiba avaliar o que está definitivamente fora do seu alcance e aquilo que é possível arriscar.

Há cidades, como Bonito (MS), em que há receptivos que buscam organizar e coordenar o ecoturismo, visando sempre à sustentabilidade local e a conservação da natureza. Lá as atividades são agendadas previamente e é estabelecido um número de turistas por passeio. Entre em contato com os receptivos.

Existem belezas naturais maravilhosas que não são divulgadas adequadamente, ou ainda pior: o acesso do turista é dificultado ou impedido. Vivenciei isso mais de uma vez e em mais de um local. As placas que indicavam as atrações naturais foram retiradas e algumas estavam com a direção invertida, de forma a impor a presença de um guia. É uma experiência frustrante. Nessa hora, a informação que se tem sobre os locais, mapas, etc. fazem toda a diferença para o ecoturista. Aproveite a oportunidade e converse com pessoas da cidade, você pode obter esclarecimentos valiosos.

A situação que comentei acima se refere a atrações, cachoeiras, montanhas, ou vista panorâmica que não fazem parte de nenhum parque ou área com qualquer tipo de infraestrutura que justifique o pagamento para o acesso.

Cuidado com as viagens de última hora. Reconheço o prazer de uma aventura sem rota totalmente definida, mas ”pegar” a estrada sem destino pode causar aborrecimentos.

Dicas – No interior e litoral de São Paulo temos diversas opções; o Sul de Minas Gerais é rico em paisagens e roteiros, Rio de Janeiro, Mato Grosso do Sul, Goiás, Tocantins, Nordeste e Sul do Brasil, oferecem diversas possibilidades.

Há inúmeros roteiros à sua disposição tanto em relação ao ecoturismo quanto aos esportes de aventura. Você pode escolher locais mais próximos a cidades, como Monte Verde (MG) ou Socorro (SP), ou decidir-se por opções mais complexas, como o Pantanal (MS) ou o Jalapão (TO). Pesquise, informe-se da melhor maneira possível, assim você encontrará uma aventura que se adapte às suas intenções, condições de gasto e pretensões de esportes de aventura. Aventure-se!

Este texto foi escrito por: Rosely Atanes

Last modified: março 5, 2011

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