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Camping: o primeiro passo para inserir seu filho na natureza

Redação Webventure/ Destino Aventura, Expedições

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Ao conhecer seu marido, a arquiteta Paula Mastrocola encontrou dois amores: Marcos e o campismo. Ele já tinha um maior contato com essa realidade que, aos poucos, atingiu também sua namorada e enfim esposa. Os anos passaram e a filha Manu chegou, já com o campismo nas veias.

Como família de campistas, o casal vem ensinando a pequena desde cedo os valores gerados pela prática do camping. “Quando ela nasceu, o chamado de estar perto da natureza, que já era algo muito presente na minha vida e do Marcos, ficou muito mais intenso. Não era mais só uma necessidade de nós, os adultos, queríamos inserir aquela bebê em um ambiente natural e isso surgiu quase como um sexto sentido, dizendo que isso era o que de mais valioso poderíamos mostrar a ela”, conta Paula.

Primeiro acampamento

No primeiro mês de vida, Paula e Marcos decidiram que a cada “mesversário” da filha a levariam para um lugar diferente. “Nos comprometemos a cada mês, levá-la para um ambiente natural. Acampar não nos deixa somente em contato mais intenso com a natureza, como também é um ambiente livre de paredes”.

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A primeira experiência de Manu aconteceu com um mês de vida, em Itu, interior de São Paulo. Eles escolheram um camping familiar com boa estrutura para ampará-los em qualquer eventualidade, o que é essencial, ainda mais para os dois, que ainda não tinham experiência nos papéis de mãe e pai. “Foi um fim de semana muito tranquilo. Com o tempo aprendemos que os bebês e crianças estarão bem em qualquer lugar que seus pais estejam. Isso é o principal fator de segurança, principalmente para os menores, que se alimentam exclusivamente da amamentação”.

Alimentação

Com o passar do tempo Paula e Marcos aprenderam a se adaptar em campings para atender melhor as necessidades da família. “Quando ela passou a comer, a alimentação ganhou um espaço maior no planejamento. Antes de viajar já preparamos algumas refeições que podem ser congeladas. Levamos muitas frutas e legumes e por incrível que pareça, conseguimos ter uma alimentação bem próxima da que temos em casa. Mesmo acampando não usamos enlatados e industrializados”.

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Escolha do local

Paula conta que os gostos de Manu começaram a influenciar bastante na hora da escolha dos destinos. Eles passaram a analisar o que cada local poderia proporcionar a ela. “A pequena gosta muito de água, cachoeira e adora praia. Então, ao escolher um camping nesses locais, por exemplo, levamos em conta se a água tem condições para banho. Damos preferência para lugares com a correnteza mais calma, para que ela possa tirar o máximo proveito”.

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E para quem tem receio de levar os filhos para ficar em contato com a natureza, Paula acredita que não se deve ter medo. “Muita gente se preocupa em levar as crianças para acampar por causa dos ‘perigos’ que pode ter na natureza. É claro que precisamos estar atentos, mas acredito que é a mesma atenção que devemos ter em qualquer lugar”.

Quanto aos insetos…

As barracas ou veículos de recreação são lugares bem seguros, desde que os mosqueteiros sejam mantidos fechados. “A Manu só foi usar repelente no acampamento de um ano, isso porque estávamos em uma praia que tinha alguns borrachudos e mesmo assim ela quase não foi picada. Em todo esse tempo de camping posso dizer, sem sombra de dúvidas, que ela já levou mais picadas de pernilongo em nossa casa”.

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Benefícios de acampar

A família afirma que são muitos: “ela sempre ficou muito bem em todas as viagens, não me lembro de nenhuma que não tenha gostado. Inclusive nas primeiras, a Manu dormia melhor quando estávamos acampando do que em casa. Antes dela completar dois anos, fizemos uma expedição até o norte do Uruguai e ficamos 40 dias na estrada. Confesso que eu já estava bastante cansada, mas ela não queria saber de voltar pra casa. Mal estacionamos o carro na garagem e ela já estava pedindo para passear de novo”.

A arquiteta conta que ao ar livre a filha fica até mais calma, porque brinca com concentração e gasta mais energia, além de conhecer diversos lugares novos. “A sensação que tenho é que ao inserir uma criança desde cedo na natureza, haverá uma noção de pertencimento muito maior e com isso ela aprende a respeitar o ambiente, sem ter medo dele. Qualquer coisa vira brinquedo, folhas, gravetos, água e até pedras. Sem falar nos amigos que se faz”.

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Só em seu primeiro ano de vida Manu acampou em mais de 15 cidades nos mais diferentes estados. Hoje ela já tem três anos e seus pais contam, orgulhosos, as histórias de cada viagem no blog “Manu e o mundo”, uma espécie de diário das aventuras da família pelos campings que passaram.

Este texto foi escrito por: Carolina Abrantes

Last modified: outubro 27, 2016

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