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Brasileiros comentam seletiva para a Ocean Race

Redação Webventure/ Vela

Os cinco brasileiros escolhidos para  seletiva final (foto: Marco Yamin)
Os cinco brasileiros escolhidos para seletiva final (foto: Marco Yamin)

Direto de Portimão, em Portugal – Na primeira semana da seletiva dos candidatos para o barco amador do Team ABN Amro a previsão meteorológica ajudou e o vento voltou para Portimão, “quartel-general” do Team ABN Amro em Portugal, na região do Algarve, O Time Jovem, assim apelidado no projeto que escolherá os melhores velejadores amadores do mundo para participar do barco II do banco holandês, cinco brasileiros lutam por apenas duas vagas.

Neste barco, apenas quatro tripulantes estão certos: o skipper Sèbastien Josse, um francês de 30 anos, 5º lugar na última Vendèe Globe (regata ao mundo em solo), terminada em fevereiro deste ano. Jojo, como é conhecido e idolatrado na França, se destaca entre aqueles que fazem parte da mais nova geração de velejadores de longo curso da França.

Também o inglês Simon Fischer (conhecido como SiFi), um “faz-tudo” com 27 anos de idade. Ele sabe da eletrônica à navegação, passando pela fabricação de velas e construção de barcos. O australiano Nick Brice, também com 27 anos, que já faz parte do Team ABN Amro como chefe da equipe de terra é outra membro da equipe.

E Scott Beavis, da Nova Zelândia, de apenas 24 anos, que foi escolhido por já ter experiência na edição anterior da Volvo Ocean Race.

Velejadas do dia – Na quarta-feira (16/3), foram três saídas bem mais proveitosas do que as do dia anterior. Assim, os candidatos puderam se acostumar melhor ao barco e os julgadores tiveram como fazer o seu trabalho de seleção.

“Ontem foi fácil” disse Roy Heiner o técnico de vela do Team ABN Amro. “Hoje tem que ser o mais rápido possível. A Volvo Ocean Race é 98% performance, vocês estão sendo julgados assim pela possibilidade de garantir performance”, finalizou.

Uma das principais preocupações de Lucas Brun, um dos candidatos brasileiros, é o entendimento entre os velejadores: “a comunicação já foi bem melhor hoje, falta agora dar um acerto nas decisões a serem tomadas”. “Hoje, com vento já foi bem melhor, o barco é uma delícia, valeu a experiência, precisamos agora é ter alguém que dê ordens à bordo” completou, enquanto se dirigia à sessão de fotos oficiais.

André Mirsk concordou com as condições do vento e acrescentou: “estamos todos mais à vontade e hoje no timão, ainda tive o prazer de andar a uns 14 nós de velocidade, com vento de popa, descendo as ondas. Perfeito, foi espetacular”.

Já Bruno Santos, outro candidato brasileiro, elogiou o barco: “bem sensível, não é pesadão, eu já tinha andado em um Open 60 no Brasil, no Galileu, mas com pouco vento e sem mar nenhum, aqui foi bem diferente muito, muito bom”. “Pena que durou pouco tempo, mas amanhã tem mais e com mais vento prometido, vai ser melhor ainda, achei também que a comissão julgadora hoje estava mais branda”, terminou o paulista.

Enquanto isso Maurício Baptista, o único brasileiro no último grupo, que foi prejudicado pela segunda vez pela diminuição do vento, buscou uma analogia no futebol para explicar a situação: “vocês precisam entender que a tarefa dos juízes não é fácil, não. Eles têm que escolher os melhores, claro, mas em diferentes posições. Tem gente que se dá melhor física e tecnicamente em diferentes lugares do barco. Escolher o Ronaldinho Gaúcho e o Ronaldo Fenômeno, todo mundo faz, difícil é escolher alguém que possa também jogar bem no gol”.

Este texto foi escrito por: *Carlos Lua, correspondente do Team ABN Amro

Last modified: março 17, 2005

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