Foto: Pixabay

Aventura une casais na terra e até nas alturas

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O que há de romântico numa queda livre ou na luta para alcançar o ponto mais alto da escalada? Três casais (veja links abaixo) mostram neste especial Webventure no Dia dos Namorados que é possível casar as paixões pela aventura e por aquele ´alguém´ especial. E nada de briga: se o par não for tão chegado a emoções fortes, com muito carinho eles convencem esta cara-metade a aderir ao “outro” amor: a aventura.

Há exatamente um ano, este casal viveu sua história mais marcante. Coincidentemente (será?) uma grande aventura – para ambos. A estudante Priscilla do Nascimento já namorava César Augusto Soares há um ano, mas nunca tinha nem assistido o seu par no trabalho que ele escolheu: o de pára-quedista. E da modalidade free fly, que é conhecida como a mais radical desse esporte, em que o atleta executa manobras em queda livre, voando de frente, de costas e dos lados (leia mais). No Dia dos Namorados, ela foi convidada por Guto a acompanhá-lo em uma “gincana” na área de saltos, em Campinas (SP).

“Chegando lá, dei de cara com as namoradas dos outros atletas da equipe dele, a SkyBrothers”, conta Priscilla. “Cada uma tinha vindo por um motivo diferente, uma desculpa que eles inventaram. Foi então que nos chamaram pelo alto-falante, pedindo para irmos à recepção da área. Lá, nos contaram que tínhamos ganhado saltos de presente dos nossos namorados. Nenhuma de nós tinha feito isso antes”, narra.

Romance no ar – Se para as meninas havia a expectativa da estréia no ar, para os SkyBrothers que, além de Guto, incluem seu irmão, Felipe, e o cameraflyer Marcos Terraguar, também havia um desafio. “Eles queriam beijar a gente em plena queda livre. Mas nunca tinham treinado algo assim”, lembra Priscilla.

Depois que elas receberam coordenadas para o salto duplo (estariam amarradas a um instrutor), vieram dicas para garantir a segurança dos parceiros free flyers: “nada de abraço. A gente não poderia segurar neles, para não comprometer a estabilidade”.

Felipe Brother e sua namorada, Carol, saltaram primeiro e não conseguiram realizar a cena romântica. Depois foi a vez de Priscilla e Guto. “Dentro do avião, ele foi me acalmando. Eu nunca tive medo, tinha curiosidade de viver aquilo. Nossa, quando saltei meu estômago foi parar na cabeça!”, brinca.

“Esqueci tudo” – Na queda, ela não conseguia ver o namorado. Até que percebeu que ele passou por baixo dela. “Senti alguém puxando o meu pé. Era o Guto, que foi se segurando na gente até ficar de frente pra mim. Então esqueci tudo o que tinham falado, coloquei o braço em volta dele e beijei”, descreve ela. “Logo ele se soltou e puxou o pára-quedas. Foi uma experiência incrível”.

Antes disso, Priscilla só tinha visto saltos pelos vídeos que o time havia gravado. A paixão pela altura só estava adormecida. Bastou o salto e a estudante se animou: agora está prestes a tirar o brevê de piloto de helicóptero. “Gosto da sensação de estar no ar. Eu e o Guto temos isto em comum e dá certo”, finaliza.

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Paloma e Eduardo. Eleonora e Caio. Nestes casos, elas é que são as feras da aventura. Mas os dois casais têm mais em comum: o romance entre eles começou numa academia de escalada paulistana, a Casa de Pedra.

Personalidade Webventure, Paloma Cardoso é uma das maiores vencedoras da escalada feminina no Brasil. Coleciona quatro títulos brasileiros e um sul-americano. Mas quando começou na escalada, incentivada pelos irmãos Alexandre e Janine, era Eduardo Carceroni quem lhe dava dicas. “Eu não sei direito como começou. Nos víamos todos os dias, fomos nos aproximando… e estamos juntos até hoje”, conta Edu. Para ele, a chave do sucesso da relação dos dois é o respeito à individualidade.

“A Paloma está em uma fase de transformação, principalmente depois que entrou na faculdade. Estou acompanhando essas mudanças, ajudando, aconselhando, mas sempre mantendo uma distância saudável. Acho que ela deve decidir as coisas na vida e na carreira dela. Mas sempre estarei aqui para ajudar”, conta, compreensivo.

A amada, além de ser reconhecida pelo talento, é considerada uma das “belas” dos esportes de aventura brasileiros. E o ciúme? “Hoje em dia eu não fico preocupado. No começo, até ficava um pouco chateado, mas me acostumei. Hoje sou bem seguro em relação a isso, principalmente porque as pessoas deste meio sabem que a gente namora e sempre respeitam.” Para servir de exemplo, os dois têm o casal Janine e Alê Silva, respectivamente a irmã Paloma e o dono da Casa de Pedra. Eles se casaram neste ano.

No dia de hoje, chega de radicalidade. Nos planos estão a tradicional troca de presentes e um jantar bem romântico. “Tudo bem longe da escalada!”, brinca Edu. “Já passamos o dia vendo agarras, dentro de academia… para hoje queremos um clima mais especial”, completa.

Da escalada para o rali humano – O ginásio de escalada foi cenário do encontro de Eleonora Audrá e Caio Tarentino. “Ele é amigo de um amigo meu e começamos a nos encontrar direto na academia. Mas foi no Juca (Jogos Universitários de Comunicação e Artes) de 99 que rolou o namoro”, recorda Nora. Das escaladas ela passou para as corridas de aventura. Hoje integra a equipe Atenah e é uma das mais experientes atletas da modalidade no Brasil, tendo participado até da prova internacional Southern Traverse.

A adrenalina conquistou ambos. Nos fins de semana em que Nora não está correndo contra o relógio num percurso desafiador de uma de suas corridas, o casal viaja também para praticar esportes de aventura. “Hoje vamos ficar com o tradicional e sair para jantar, uma coisa mais romântica”, planeja a namorada.

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No off-road, esporte que atrai muitas famílias, também há espaço para o romantismo. O difícil é suportar a ausência do par que participa de provas longas, como o Rally dos Sertões. José Hélio Filho, campeão do rali de 1999, na categoria Motos, conheceu sua namorada Carolina Ligabue, de 26 anos, logo após a edição anterior à sua vitória.

Depois de percorrer mais de 5.000 km de trilhas, cruzando o país, o piloto passou alguns dias em Trancoso, na Bahia, para descansar junto com a família. Em uma dessas noites, foi até o bar Buraco do Claustro e lá encontrou Carol. “Conversamos sobre o rali e fiquei apaixonada”, conta a escolhida. “Ela conheceu a fúria de um piloto de off-road depois de quinze dias de rali”, rebate Zé Hélio.

Saudades – Ao contrário de outros pares, que acabam se rendendo à aventura, a namorada do campeão diz não se arriscar nas motos. “Não tenho o menor jeito, só vou na garupa”. Mas ela o acompanha nas provas e lamenta quando o amado parte para uma aventura longe de São Paulo. “Quando posso estou sempre lá. E também sofro muito com a falta de notícias, principalmente em provas longas”.

E, por causa de uma dessas competições, a comemoração da data de hoje deve ser adiada. Zé Hélio embarca amanhã para o Baja São Joaquim, terceira e quarta etapas do Brasileiro de rali off-road. “Acho que não vai dar tempo. Está tudo muito corrido. Deixamos para depois”, justificou Carolina.

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Este texto foi escrito por: André Pascowitch, Débora de Cássia e Luciana de Oliveira

Last modified: junho 12, 2001

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