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Amapá: a fronteira final do Brasil

Redação Webventure/ Expedições

O Amapá é hoje o Estado que tem o menor índice de devastação de toda região amazônica. A região vem sendo descoberta por turistas e aventureiros estrangeiros, em um roteiro que inclui uma viagem de trem por mais de 200 quilômetros de cerrado, florestas e muita natureza até a Serra do Navio.

Localizado no extremo norte do país, fronteira com a Guiana Francesa é conhecida como a última fronteira do Brasil. A região dá uma bela amostra maravilhosa da natureza da Amazônia, com apenas 2% de sua floresta tropical devastada . Um exemplo raro até para muitos países do primeiro mundo.

Uma das maiores curiosidades é a pororoca, que muitos não sabem, mas o fenômeno se dá com maior intensidade nos estados do Amapá e do Pará, justamente por sua maior proximidade com a linha equatorial. A pororoca pode ser entendida como uma simples onda provocada pela maré, que aumenta de intensidade por mais próxima do equador que esteja. A onda ocorre também na foz dos rios Sena, na França, onde é chamada de mascaret) e no Ganges na Índia, onde é conhecida como bore. A pororoca nada mais é do que o encontro das águas do oceano com as do rio, que provoca a formação de uma onda violenta invadindo a floresta ao redor, derrubando árvores e qualquer outra coisa que encontre pelo caminho.

Ao Amapá não se chega por terra, ou se vai de avião ou de navio, partindo de Belém. O rio amazonas separa o estado do resto do Brasil. E é esse isolamento que garante o exotismo e a beleza natural da região. Sobre Macapá, capital do estado, costuma-se dizer que fica no meio do mundo, na esquina com o rio Amazonas, pois é cruzada pela linha do equador.

Uma Serra com formato de navio

Em 1954 a empresa de exploração mineral norte-americana ICOMI venceu uma disputada concessão para a exploração das ricas jazidas de manganês do Amapá. Sobrevoando a região para reconhecimento os empregados da ICOMI perceberam que a Serra onde se encontravam as jazidas tinha o curioso formato de um navio. Surgiu o nome: Serra do Navio.

Por conta da exploração a ICOMI construiu em plena selva amazônica uma vila com infra-estrutura do mundo civilizado. Energia elétrica, hospital, hotéis, casas, saneamento básico. Um oasis em plena selvagem amazônia.

Em 1994 o manganês acabou e com ele a ICOMI saiu da região, deixando como herança a vila e toda sua estrutura. Hoje a região é ponto de partida para quem quer conhecer a região atraindo turistas e viajantes que vão conhecer de perto o que sobrou dos tempos áureos do minério. Os poços escavados pelas máquinas da ICOMI em busca do manganês hoje são piscinas de água cristalina, onde o viajante pode tomar banho a vontade.

Oiapoque

Uma viagem de avião fretado de Macapá até o Oiapoque, atravessa o estado de sul a norte. Dá para ver de perto cidades históricas da região, os principais rios e até aldeias indígenas esquecidas na imensidão da floresta. Atração a parte é a famosa Calçoene com suas criações de Búfalos e que mais parece um pântano em plena selva. Chegando no Oiapoque, cidade conhecida como o inicio do Brasil, é só atravessar o rio e chegar a solo francês. A entrada da Guiana Francesa é a cidade de Saint Georges do Oyapoque, uma curiosa mistura de Caribe, Europa e Brasil. Uma atração muito especial são as cataratas de Grand Roche, com sua indescritível beleza.

Saiba como chegar e aonde ficar no Amapá:

  • Partindo de São Paulo pode se voar Vasp ou Varig, com passagem aérea de ida e volta a partir de R$980,00

  • Hotel Macapá: oferece diária para casal a partir de R$128,00, que inclui café da manhã – (0**96) 217-1350

  • Em Calçoene: Hotel Tarumã, com diária para casal por R$50,00, c Café da manhã – (0**96) 721-1278

  • Curupira Ecoturismo: saída mensal com oito pernoites e dez refeições. O pacote inclui viagem de trem, vôo fretado ao Oiapoque e Saint George na Guiana Francesa, visita a aldeia indígena Waiãpi e ao Hotel de Selva, ida as pororocas nas ilhas Cavianas e visita a capital Macapá. Preço: a partir de 5x R$380,00, voando Varig – (0**11) 5072-6440 / (0**11) 5078-9280 – curupira-ecotur@uol.com.br

Este texto foi escrito por: Marco Antônio Caraccio

Last modified: fevereiro 21, 2017

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