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A virada do rafting brasileiro

Redação Webventure/ Rafting e canoagem

Público comparece e novas equipes se destacam no Campeonato Brasileiro. Mas os paulistas ainda são imbatíveis.

Quem foi assistir ao IV Campeonato Brasileiro de Rafting, no último fim de semana, em Três Rios (RJ), foi recebido com muito sol e calor, quebrando a regra dos últimos anos. E também desfrutou de um
nível técnico superior ao ano passado, principalmente na categoria iniciantes, onde estiveram presentes novas equipes de São Paulo, Rio de Janeiro e Paraná. É a prova de que o esporte está crescendo no Brasil.

O Rio Paraibuna (classe III), com tradição no rafting comercial, teve suas corredeiras como sede do campeonato pela primeira vez. Um rio largo, com grande volume d’água, que exigiu resistência das equipes em todas as provas. No sábado (10/07), uma novidade: o Brasileiro começaria com a prova de slalom, mais técnica, e não o descenso. Esta última é a preferida dos atletas para iniciar uma competição, pois como é uma prova de tempo, rema-se ao máximo e é muito
bom para liberar a adrenalina a controlar o nervosismo, a famosa “raftite”. Além de tudo, o descenso representa 50% da pontuação final.

Corredeira em “S”

Com uma pista bem elaborada, aproveitando as fortes correntes do “S”, as primeiras equipes começaram o buscar o seu lugar no pódio fazendo as duas descidas do dia que, somadas, dão a pontuação final do slalom. Apenas um bote da categoria iniciantes virou no início da pista, mas felizmente ninguém se machucou. A equipe acabou desclassificada.

No domingo (11/07), o descenso começou com mais de uma hora de atraso, o que acabou atrasando toda a programação do dia. Com remansos extensos e uma média de 17 minutos de duração, considerada longa para esse tipo de provas, mais uma vez a galera teve deter fôlego. O destaque ficou para equipe feminina Canoar Irazul que, mesmo largando a 2 minutos da última equipe masculina
(iniciantes), chegou antes dela na curva do “S”, fazendo a cabeça da platéia.

A prova de salvamento, considerada a mais “tensa” por exigir que os atletas cumpram várias tarefas, (e caso uma delas não seja completada a equipe acaba desclassificada), ficou por último, pegando os atletas já cansados das etapas anteriores. Além da precisão nos arremessos, foi uma prova caracterizada por muitas manobras para atravessar as correntes. Os destaques foram as equipes iniciantes. Muito bem orientadas, fizeram uma bela apresentação principalmente no vira-e-desvira.

Passaporte carimbado

Na categoria masculina, a Canoar Master (SP) reconquistou o título e o direito de participar do Camel White Water Challenge na África do Sul, daqui a 20 dias. Em segundo lugar ficou a Ativa Rafting (SC), que papou a viagem à Costa Rica para participar do Campeonato Latino Americano, juntamente com a Canoar Master. O terceiro lugar foi para a Central Sul (RS), que também venceu a prova de canoagem com bastante tranqüilidade.

Conquistando o tricampeonato, a Canoar Irazul (SP) mostrou que ainda é superior entre as mulheres. Em segundo lugar ficou a Canoar Aquática (SP), que nasceu este ano com muita garra e veio para dar trabalho. A categoria passa a ficar mais competitiva. E as equipes femininas do sul não quiseram ficar para trás e também marcaram presença com equipamento de primeira. As Te-rivers (PR) arrebataram a terceira colocação.

A categoria iniciantes se caracterizou pelo aprendizado das várias companhias de rafting no plano competitivo e um grande número de novas equipes. Os destaques ficaram para a Canoar Cascuda (SP) em 1º lugar, seguida da Marvados (SP) e Águas Brancas (RJ). Este ano a festa foi paulista, ano que vem tem mais!

Este texto foi escrito por: Roberta Borsari

Last modified: fevereiro 21, 2017

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