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Rally Cerapió: detalhes do percurso dos motorizados; prova começa no dia 24 de janeiro

Redação Webventure/ Cerapió, Offroad

Cerapió congrega motos  carros  quadris e bikes (foto: Haroldo / Arquivo Webventure)
Cerapió congrega motos carros quadris e bikes (foto: Haroldo / Arquivo Webventure)

Com 25 anos de existência, o Rally Cerapió é uma competição off-road na qual competem motos, quadris, carros e bicicletas. A próxima etapa rola entre os dias 24 e 27 de janeiro, somando 1.000 quilômetros entre Fortaleza, no Ceará, e Teresina, no Piauí.

Carros e quadriciclos terão um percurso próprio, enquanto as motos farão rotas parcialmente separadas e as bicicletas irão por trilhas completamente distintas.

Este é um rali de regularidade vence não o mais rápido, mas aquele que mantém o ritmo mais estável e consegue chegar aos postos de controle mais próximo dos horários pré-determinados. Como essa é uma das maiores provas do gênero no país, ela servirá como etapa de abertura para o Campeonato Brasileiro de Rally Cross-Country de Regularidade. Para os interessados em participar, ainda há vagas, e as inscrições ficam abertas até dia 15.

Uma curiosidade: nos anos pares, o rali se chama Cerapió, com os pilotos largando do Ceará e chegando no Piauí. Nos anos ímpares, os competidores seguem no sentido inverso e a prova é chamada de Piocerá.

Percurso. Para este ano, a organização promete um nível técnico mais exigente para os veículos, sem deixar de lado as belas paisagens da região. “A prova está bem difícil e técnica. O primeiro dia será muito bonito, passando por praias e dunas. Quem for, vai ficar satisfeito”, disse ao Webventure José Carlos da Conceição, diretor de prova.

Os competidores devem chegar ao local de largada no domingo (23), onde irão fazer vistoria, terão o briefing e receberão um coquetel de boas-vindas. No dia seguinte, acontece a primeira largada, às 8 horas da manhã. Cata etapa terá em média 6 horas de duração. Confira abaixo os detalhes do percurso.

(Ainda hoje publicaremos reportagem com detalhes do percurso de bike).

>> 1ª etapa (24/1, terça-feira)
No primeiro dia de competição, carros, motos e quadris farão o mesmo trajeto pelo menos em 90% do tempo. A saída é em Fortaleza, seguindo pela costa até a cidade praiana de Trairí. Serão 201 quilômetros, com muita areia e dunas, especialmente no início, além de vários balaios, que são locais onde o circuito é em laço, o que costuma confundir os navegadores. Esta perna deve ter os horários de passagem pelos postos de controle bem justos, o que diminui ainda mais a margem para erros.

>>2ª etapa (25/1, quarta-feira)
De Trairí, a prova segue por 260 quilômetros rumo a Sobral, no interior do Estado. O percurso passa por muitas estradas de terra e depois de areia, entrando em fazendas de caju. A etapa chega à cidade de Uruburetama, onde começam as serras, indo até Itapipoca onde nasceu o deputado Tiririca. Nesse percurso, os pilotos chegam a 985 quilômetros de altitude, com trechos bem diferenciados entre motos e veículos de quatro rodas. Para as motos, o destaque é o Morro do Pau Alto, com 10 quilômetros de subida em trilha fechada. Por fim, os competidores seguem margeando uma estrada de ferro, em terreno com muito cascalho duro, até chegar a Sobral. Este último trecho foi utilizado no primeiro rali Cerapió, em 1987.

>> 3ª etapa (26/1, quinta-feira)
Com 246 quilômetros, esta etapa começa subindo a Serra do Jordão, chegando a 700 metros de altitude. Nessa parte, as motos irão percorrer um caminho separado dos carros e dos quadris, enfrentando descidas em trilhas fechadas. Depois, os pilotos seguem pela caatinga, passando entre fazendas, com terreno de cascalho e pedras duras. Em seguida, a prova atravessa a Serra da Ibiapaba, também conhecida como Serra Grande, que divide o Ceará do Piauí, e vai por uma grande estrada de terra batida, para depois cair em um areião, que lembra os Lençóis Maranhenses. A chegada em Pedro II é feita pelo Morro do Gritador, um ponto turístico da cidade. Para os carros, esse é um dia no qual também haverá predominância dos laços, para avaliar a habilidade de navegação dos competidores.

>> 4ª etapa (27/1, sexta-feira)
O último dia de prova será o mais longo, com 275 quilômetros, e trajetos totalmente separados entre veículos de quatro rodas e motocicletas. Carros e quadris seguem os primeiros 10 quilômetros do trajeto por estradas predominantemente de terra e areia, passando por dentro de uma mata de caatinga. A segunda parte da etapa começa no município de Campo Maior, passando principalmente por pastos e campos de carnaúba. Nas motos, o percurso começa passando por muitas trilhas, cheias de pedras soltas. As motos passam por trilhas entre morros, passando pelo Vale dos Dinossauros, que apresenta muitas pedras e grande dificuldade aos pilotos. A chegada será na ponte estaida de Teresina.

Este texto foi escrito por: Pedro Sibahi

Last modified: janeiro 9, 2012

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