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Minha Aventura: Campos veio e Campos foi, nos deixando com as pernas moles

Redação Webventure/ Corrida de aventura

Equipe de Rui ficou na terceira colocação da Pró Mista (foto: Divulgação)
Equipe de Rui ficou na terceira colocação da Pró Mista (foto: Divulgação)

A terceira etapa da Haca Race, em Campos do Jordão, foi a mais aguardada pela nossa equipe. Fechamos nada menos que quatro duplas para encarar as montanhas da região. Clarita e Rui (Pró), Adriana e Maurício, Lúcia e Cléber, Oscar e Thiago, na Sport.

Animados e empolgados com a beleza da cidade e da região, largamos em comboio até a primeira subida, que não demorou a vir. Como sempre, no início é uma equipe seguindo a outra, se agüentando para manter o ritmo de prova forte.

Percebemos um pequeno erro. Havíamos passado a trilha de acesso ao PC1 – Virtual. Voltamos rapidamente, junto de outra equipe, a Barba Brothers. Passamos tranqüilos, achando em seguida o acesso ao PC1 e abrimos das outras equipes. Seguíamos na dianteira, nós, SACI (primeira mista), Olho D’água e Barba Brothers (masculinas). Os Barba tiveram um pneu furado e pararam no começo da descida da serra.

Deixamos as bikes, próximas a um rio, no PC3, na baixada do vale (lugarzinho maravilhoso). Seguimos junto com os meninos da Olho dágua para o trekking e canyoning. Sem problemas. No acesso ao rapel, perdemos o início da trilha e varamos uma pequena mata até o pé da pedra Ana Chata. Ali nos separamos da Olho e seguimos sós em busca do PC 05, que estava do outro lado da pedra.

Surpresas nos PCs – A navegação foi perfeita e andamos por uma mata incrível que lembrava o filme o Senhor dos Anéis. Chegando no PC, ainda em primeiro lugar (pelo menos era o que pensávamos), junto agora dos Barba Brothers, perguntamos aos controladores do PC quantas equipes tinham passado por ali. Para a surpresa de todos nós, já haviam passado quatro equipes, mas que nós éramos a primeira Mista.

A opção era voltar; mas o pessoal do PC disse que as equipes tinham feito um outro acesso a ele. Voltamos por esse acesso, extremamente mais curto, até o PC6, onde ficava o rapel. Nos surpreendemos com as outras equipes mistas ali já fazendo o rapel. Aí ficou a grande dúvida, pois o PC tinha informado que não havia passado nenhuma equipe mista por ele. Comunicamos o ocorrido aos próximos PCs.

Ficamos presos na fila do rapel e as outras equipes abriram uma boa vantagem. Descemos babando para pegar as bikes e cometemos um erro grande ali. Demos o sprint final muito antes do fim.

Achávamos que faltava pouco para o fim da corrida e assim não conseguiríamos alcançar as outras equipes. Resultado: nos desgastamos muito, pois saímos do ritmo de prova e havia uma subida incansável e interminável até a chegada. Foram quase 13 quilômetros, saindo de uma altitude de 1.030 metros para 1.850 metros. Visual deslumbrante! O Léo escolheu a dedo, pois de fundo víamos o Baú, o Bauzinho e a Ana Chata, por onde havíamos passado.

Não conseguimos alcançar nossos concorrentes, que correram em duas duplas e fizeram um trabalho impecável em equipe. Parabéns a eles. Entramos com um recurso junto à diretoria de prova para averiguar o ocorrido, pois tínhamos outras equipes com a gente que confirmaram a versão do PC de que nenhuma equipe mista tinha passado.

Resultados – Resumindo o resultado: o Léo (prof. Léo, organizador da prova), como sempre muito atencioso, passou um rádio para o PC, que após algumas discussões e pressões, confirmou a versão das outras equipes: de que tinham descido apenas os dois homens e que as mulheres ficaram em cima da pedra dando um tchauzinho! Não estava lá, mas será que respeitaram os 50 metros exigidos pela prova de diferença entre os integrantes da equipe? Os integrantes do PC primeiro disseram que não viram, e, depois disseram que viram? Sugiro ao Léo e a todos os outros organizadores que obriguem a assinatura dos dois integrantes nos PCs, pois em provas rápidas um minuto é muita diferença.

Ficamos impressionados com a navegação das equipes que não encararam o mato e deram a volta em torno da pedra da Ana Chata; afinal, fizeram um caminho que não constava como trilha no mapa. Acho que vacilei e perdi esta informação no briefing.

Bom, acabamos em terceiro lugar, mas com o orgulho de corredores feridos e isso dá uma força que vocês não imaginam. Que venha a última etapa da Haka, que desta vez o Saci vai montado na Mula sem cabeça e vai ter ajuda do Curupira.

Parabéns para o resto da Sacizada, que colocou três duplas entre as oito primeiras. Show de bola! Parabéns a Léo e a toda sua família pela escolha do local e pela incrível organização. Realmente seu circuito tem se mostrado de um profissionalismo ímpar.

* Rui Seabra é pesquisador da Unesp (Universidade Estadual Paulista) e capitão da equipe Saci, segunda colocada no Ranking Brasileiro de Corridas de Aventura (RBCA), categoria Duplas. A equipe ficou em terceiro lugar na categoria Pró Mista, na etapa de Campos do Jordão.

Este texto foi escrito por: Rui Seabra

Last modified: setembro 2, 2008

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