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Guilherme Spinelli aprova os primeiros dias e se diz confiante para etapas nas dunas


Guiga já pensa nas etapas no deserto (foto: Marcelo Maragni)

As quatro primeiras etapas do Rally Dakar se passaram e os principais pilotos da competição já estão se destacando na classificação geral. Entre os brasileiros nos carros, Guilherme Spinelli/ Youssef Haddad é a melhor dupla até agora, com uma oitava colocação acumulada. Bastante regular na disputa, os brasileiros estão aprovando seu desempenho no maior rali do mundo.

“Os dias no Dakar estão sendo muito bons. Nós tivemos dias diferentes. Nos dois primeiros eram estradas tradicionais, dos tipos que conhecemos no Brasil. Ontem já foi um dia um pouco diferente, com trechos de fora de estrada no começo e com uma especial dividida em duas. No final um trecho muito bom em uma estrada de floresta de muito prazerosa também de pilotar. Hoje já foi um dia tipicamente de deserto, muito off-road, muito rio seco, erosões e valetas. Já foi um dia bem com cara de Dakar”, disse Guiga.

Atual líder na categoria Gasolina, condição essa que, segundo o piloto, é a mais importante para a equipe como um todo já que não acredita ter chance contra os carros oficiais movidos a diesel, Spinelli diz que o verdadeiro Dakar começará apenas nesta quinta. Isso porque o brasileiro vê as etapas do deserto como as reais representantes da lenda do maior rali do mundo.

“Apenas amanhã começam as duas, então tem muito chão pela frente e não tem nada resolvido ainda. Vamos tentar manter esse ritmo e essa estratégia de andar bem para ver se conseguimos chegar até o fim mantendo um bom resultado. Iremos cuidar bastante nas dunas e na parte de deserto para não cometer nenhum erro que comprometa o rali”, explicou.

Terceiro Dakar – Guiga está participando pela terceira vez do maior rali do mundo. Apesar de ter muita experiência se comparado à outra dupla brasileira na competição, o piloto se vê como um iniciante nas dunas chilenas. Segundo Spinelli, os dois anos anteriores irão ajudar um pouco nas gigantes montanhas de areia, mas a atenção será fundamental para chegar ao fim das etapas.

“Sem dúvida os dois anos em que eu participei me ajudaram bastante em todos os aspectos. Mas não dá para comparar com as equipes oficiais que andam muito mais. Acho que só esse ano eles fizeram cinco a dez mil quilômetros de treinos no Marrocos. Então, eu tenho bastante consciência da minha limitação em trechos de deserto e o mais importante é estar atento para não cometer nenhum erro que me tire da disputa”, afirmou o piloto.

Este texto foi escrito por: Caio Martins e Thiago Padovanni