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Expedição americana esquia no Shishapangma

Redação Webventure/ Expedições, Montanhismo, Outros

Missão quase cumprida. No último fim de semana a equipe norte-americana formada por feras em alpinismo como Alex Lowe, Conrad Anker, Han Saari e Andrew McLean, entre outros, superou problemas com aclimatação e conseguiu descer esquiando o Shishapangma (8.013m), 14ª maior montanha do mundo, no Tibet, a partir de 5.910m. Agora eles buscam outros picos na montanha para continuar o desafio pela rota Suíço-Polonesa.

“Foi tão bom que esquiamos duas vezes, a neve era a melhor que eu já havia visto. Mark (Holbrook, membro da expedição) fez a gente se sentir idiotas com suas manobras. “, disse Hans Saari. O time chegou ao Tibet no último dia 13 e iniciou a escalada no dia 20. Como dois integrantes – Andrew McLean e Kristoffer Erickson – tiveram edema pulmonar, o grupo não chegou ao cume, escolhendo o melhor lugar para esquiar próximo dos 5 mil metros.

Foram três dias descendo a montanha coberta de muita neve. “Sem dúvida eu já imaginava como seria escalar e esquiar o Shishapangma, mas não seria a mesma coisa se tivesse ido sozinho”, comenta Alex Lowe, lembrando-se dos momentos em que a adrenalina subiu mesmo quando eles estavam parados.

Solidariedade – “Num dia, na primeira noite em que estávamos no acampamento-base, era uma da manhã quando o Andrew (McLean) sacudiu a minha barraca. Vi que o momento era decisivo. Andrew, tremendo e assustado, disse que iria sair da montanha. Ele achou que o deixaria descer sozinho…”, narra Lowe. Começava uma operação para salvar o companheiro, desidratado e com dificuldades de respiração. “Mark também se ofereceu para ajudá-lo. Saímos caminhando pela neve nova com as lanternas, no meio da escuridão. Andrew estava completamente exausto, precisava parar a cada cinco minutos.”

“A pouco mais de 800m da base, pusemos nossos sleepings no chão e demos a ele duas merecidas horas de sono. Deitei ao seu lado para ouvir algum possível ruído no pulmão. Vi que ele agüentaria e dispensei o Mark. Eu e Andrew, heróico, descemos pelas próximas dez horas. Dois dias de recuperação fizeram maravilhas nele”, lembra o alpinista. “Ele voltaria à altitude três dias depois e completaria a expedição. Para mim, só o fato de ter ajudado um amigo, já valeu. Queria mais que ele conseguisse do que eu.”

Este texto foi escrito por: Webventure

Last modified: setembro 27, 1999

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