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Etapa de hoje se inspira em prova náutica

Redação Webventure/ Vela

Juca Bala (esq)  Mingione e Azevedo lutam para permanecer no rali mais difícil do mundo. (foto: Ricardo Ribeiro)
Juca Bala (esq) Mingione e Azevedo lutam para permanecer no rali mais difícil do mundo. (foto: Ricardo Ribeiro)

Tichit (Mauritânia) – No lugar de água, dunas. Em vez de bóias, postos de controle. A etapa desta quinta-feira (10/01) do Dakar, em forma de laço, com largada e chegada no vilarejo de Tichit, na Mauritânia, é inspirada em um circuito olímpico de vela.

Os competidores terão de passar em três pontos, onde precisarão carimbar um cartão que comprovará a passagem por aquele local, evitando assim que alguém corte caminho.

Para saber qual rota seguir, os pilotos terão apenas a planilha (espécie de mapa usado no off-road) e a ajuda da bússola eletrônica do GPS, aparelho que recebe sinais de satélite. Mas a função principal do equipamento, que é fornecer a localização geográfica exata, não estará disponível. “Eu espero que seja um dia bem interessante”, prevê Hubert Auriol, diretor geral do evento.

Ouça os comentários exclusivos do brasileiro Klever Kolberg sobre esta etapa e saiba mais sobre ela na seção Roteiro.

Números – O trecho terá 422 quilômetros cronometrados, sem qualquer deslocamento, e quase todo o piso será de areia, com boa parte de dunas.

Aliás, as dunas da Mauritânia são famosas por fazer grande número de vítimas. Desde a saída de Atar, na última segunda-feira, quando esse tipo de terreno passou a fazer parte do cenário da competição, 24 pilotos de motos abandonaram em apenas duas etapas. Até agora, 63 motocicletas pararam no rali.

Dos 42 competidores em carros que voltaram mais cedo para casa, 11 ficaram pelo caminho entre Atar e Tichit. Em 13 dias de muita poeira pelo deserto do Saara, na África, 109 dos 434 veículos inscritos inicialmente já abandonaram a corrida.

Brasileiros – Cinco dos sete pilotos brasileiros que largaram em Arras (FRA) continuam firme no Dakar (segundo resultados até antes da largada da etapa desta quinta-feira). Nos caminhões, André Azevedo e os tchecos Tomas Tomecek e Mira Martinec, da Equipe BR Lubrax, estão mantendo a segunda colocação na classificação geral acumulada na categoria caminhões com um Tatra. O russo Vladimir Tchaguine (Kamaz) está na frente.

Kolberg e o francês Pascal Larroque (Mitsubishi Pajero Full) são vice-líderes na categoria Super Production para carros a diesel e estão em nono na geral, liderada pelo japonês Hiroshi Masuoka.

Luiz Mingione vem garantindo o melhor tempo da categoria motos até 250 cilindradas (65º na geral). Juca Bala, em terceiro, briga pelas primeiras posições na Super Production até 400cc. E Luiz Azevedo, da CDI Competições, está em nono no mesmo grupo.

Ainda em moto, abandonaram a prova o carioca Armando Pires, da Equipe Drakkar Normadia, e o carioca Marcelo Quelho, também da CDI. O primeiro passou mal ontem e acionou o resgate nos primeiros quilômetros da especial. Quelho sofreu um acidente no último dia 2 de janeiro e fraturou a clavícula e uma costela.

Este texto foi escrito por: Webventure

Last modified: janeiro 10, 2002

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