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Como será o dia a dia dos bikers no Rally Cerapió, que larga em 24 de janeiro

Redação Webventure/ Biking, Cerapió

Bikers sendo deslocados na prova de 2011 (foto: Moises Saba / Divulgação)
Bikers sendo deslocados na prova de 2011 (foto: Moises Saba / Divulgação)

Os estados do Nordeste brasileiro são famosos por suas praias, mas também possuem paisagens deslumbrantes no sertão, com matas de caatinga e áreas de serra. Fazendo uma ligação entre essas duas faces da região, o Rally Cerapió levará seus competidores por dunas e trilhas entre Fortaleza, no Ceará, e Teresina, no Piauí, entre os dias 24 e 27 de janeiro – com cobertura ao vivo do Webventure.

Com 25 anos de existência, esse é um dos poucos ralis que abre vagas para mountain bikers, além dos pilotos de carros, motos e quadris (leia aqui como será a prova para os motorizados). As bikes participam desde 2001 e, na edição de 2012, deverão percorrer 327 quilômetros, divididos em quatro etapas.

A prova é um rali de bicicleta, diferente das tradicionais competições de MTB em circuitos. No Cerapió, os trechos cronometrados são chamados de especiais (como em provas de rali de carro) e sempre são seguidos por um pequeno trecho de deslocamento. Os competidores irão largar em grids, separados por categoria e, ao contrário da prova para os veículos, que será de regularidade (leia no link acima), entre as bikes vence o mais rápido.

Curiosidade: o nome da competição muda de acordo com o percurso. Nos anos pares, quando o rali segue do Ceará para o Piauí, ele se chama Cerapió. Nos anos ímpares, quando os competidores seguem no sentido inverso, a prova é Piocerá.

Clique aqui para saber como será a prova para os motorizados (carro, quadri e moto).

Percurso. Enquanto carros, quadris e motos percorrem entradas entre as cidades da região, as bikes passarão por trilhas especialmente selecionadas por Marcio Braz Filho, coordenador da prova. Os participantes devem chegar a Fortaleza no dia 23, quando serão feitos credenciamento, vistoria e briefing, além de um coquetel de boas-vindas.

Durante a competição em si, os competidores poderão ter apoio externo, mas apenas em pontos especificados num mapa, que será entregue pela organização. Será permitida a troca da bike entre uma etapa e outra, mas não durante o percurso. Haverá pontos de hidratação a cada 20 quilômetros, mas alimentos ficam por conta do apoio de cada ciclista.

“Se eu fosse competir, escolheria pedalar as duas primeiras etapas sem suspensão, para diminuir o peso e ganhar velocidade”, aconselha Márcio, em entrevista ao Webventure. “As maiores dificuldades serão o calor e o sol. Por isso, também recomendo o uso de protetor solar e de camiseta com manga longa.”

Confira a seguir detalhes de cada dia.

>> 1ª etapa (24/01, terça-feira)
A primeira largada será na Praia de Cumbuco, a 25 quilômetros de Fortaleza (CE). Os ciclistas começam andando 46 quilômetros na faixa de praia, passando por uma área onde a areia é mais dura, o que vai possibilitar o desenvolvimento de altas velocidades. Em seguida, eles cruzam uma vila e seguem para uma estrada de piçarra (cascalho e areia) até o município de Trairí. A etapa terá 92 quilômetros, sendo os dois últimos de deslocamento.

>>2ª etapa (25/01, quarta-feira)
A segunda etapa terá 86 quilômetros, largando de Embaú, uma praia a 20 quilômetros de Trairí. Logo depois do primeiro quilômetro de prova, os competidores terão de passar por uma duna alta, na qual será necessário carregar a bike nas costas. Após a descida, eles já pegam um estradão de terra por 10 quilômetros, depois mais 2 quilômetros de asfalto, até entrarem em uma trilha. Esse trecho será um pouco mais técnico, com alguns bancos de areia, alternando entre terra batida, piso natural e piçarra, até a chegada em Itapipóca.

>>3º dia (26/01, quinta-feira)
Na quinta-feira os competidores farão um deslocamento de carro, percorrendo aproximadamente 300 quilômetros entre Itapipóca, no Ceará, e Pedro II, no Piauí. A etapa será em circuito, com 76 quilômetros, largando e chegando em Pedro II. Esta será uma etapa bem técnica, com muitas subidas fortes e descidas rápidas, em região de serra. Entre os terrenos enfrentados pelos competidores, haverá areia fofa, que dificulta a pedalada, e regiões de lajeiro (laje de pedras). De acordo com Marcio Filho, “esse é o dia com o visual mais bonito e com as trilhas mais técnicas. E a etapa com mais pontos de apoio”. Terminada a especial, os competidores são levados pela organização para Altos, a 40 quilômetros de Teresina.

>>4º dia (27/01, sexta-feira)
A etapa final terá 90 quilômetros, dos quais 70 serão de especial. Será um dia rápido, no qual vai prevalecer a velocidade. Quase todo o percurso será em estrada de terra batida, passando para trilhas com alguma exigência técnica nos últimos quilômetros do trecho cronometrado. Nessa parte, aparecem áreas com cascalho e bancos de areia, até no início do deslocamento final, que termina na ponte estaiada de Teresina.

Este texto foi escrito por: Pedro Sibahi

Last modified: janeiro 9, 2012

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