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Cinco vezes Adriana

Redação Webventure/ Biking

Adriana agora pensa no Pan (foto: Divulgação)
Adriana agora pensa no Pan (foto: Divulgação)

Cinco vezes campeã brasileira. Sem adversárias à altura, a paulista Adriana Nascimento saboreou pela quinta vez o gosto de levar o título do Brasileiro de mountain bike cross country. Agora, ela se prepara para a competição mais importante: os Jogos Pan-Americanos de Winninpeg, no Canadá. Antes, a biker faz uma escala na Colômbia para o Pan da modalidade, que classifica para os Jogos Olímpicos do Canadá. Com cinco perguntas, a Webventure desvenda os segredos da supercampeã.

Webventure – Como é ser a melhor biker do Brasil?

Adriana Nascimento – É o reconhecimento de todo o esforco que a gente fez. Não é fácil. É preciso um período longo de preparo, visando o Brasileiro, que é o campeonato principal porque nos abre as portas para a seleção brasileira e as provas internacionais. Por isso, ainda tem graça ganhar o campeonato.

Webventure – Você sente falta de adversárias?

Adriana – Eu sinto. Mas o nível está melhorando. Minha principal rival foi a Carolina Ribeiro (de Brasília), a gente sempre tá correndo junta, mas eu acabo sendo melhor nas subidas e na parte técnica. Neste ano participaram 12 meninas. Aí você chega lá fora e correm 80, 100… Acho que deveriam mudar essa imagem do mountain bike para atrair mais mulheres. Elas acham que é coisa de homem e se afastam.

Webventure – O que se pode esperar do mountain brasileiro no Pan?

Adriana – Uma medalha de bronze, no feminino e masculino. Vencer não dá porque o Canadá e os EUA são muito fortes, são os líderes da Copa do Mundo, do ranking mundial. E a gente não fez nenhuma etapa, falta partrocínio pra correr lá fora. Agora, no Pan de mountain bike, na Colômbia, a gente tem que esperar o ouro, só assim pra classificar para Sydney. É o meu grande sonho.

Webventure – Como você começou no mountain bike?

Adriana – Eu corria à pé aos 13 anos, na escola, em Campos do Jordão (Adriana nasceu e mora lá). A bicicleta era o meu meio de transporte. Então, os meninos da cidade me chamaram para competir. A primeira vez foi em 91. Gostei e tô até hoje. Mas tem que gostar muito para superar tantas dificuldades. Não ter patrocínio é a pior. Eu conto com o apoio da GT para as despesas aqui no Brasil, mas não tenho condições de fazer um estágio lá fora, por exemplo.

Webventure – Até quando a Adriana vai reinar?

Adriana – Depende das adversárias. Agora, eu vou pedalar até o fim da vida, nem que seja como amadora. Alías, meu pai (Floriano) compete até hoje. E ele foi campeão brasileiro veterano, no mesmo dia que eu.

Este texto foi escrito por: Luciana de Oliveira

Last modified: maio 27, 1999

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