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Cássio Lutz, conheça o treinador da equipe olímpica de vela

Redação Webventure/ Vela

Desde 2018 à frente da Equipe Olímpica de Vela, Cássio Lutz conduz a função com o mesmo mindset de quem comanda um empreendimento. “O esporte de alta performance é como uma empresa no segmento mais concorrido possível. São inúmeros competidores disputando no mesmo mercado e cada detalhe na preparação e performance pode fazer toda diferença”, afirma.

O esporte tem sido cada vez mais reconhecido por aqui e vem ganhando cada vez mais fãs e torcedores à medida que medalhas são conquistadas. Além das lendas do esporte como Robert Scheidt e Torben Grael (bicampeões olímpicos e detentores do título de maiores medalhistas do Brasil em Olimpíadas), novos nomes também começaram a surgir e fazer com o que o esporte ficasse em voga. A dupla formada por Kahena Kunze e Martine Grael ocupa o primeiro lugar na classe 49er FX pelo ranking da Federação Internacional de Vela. As meninas também foram consideradas as melhores velejadoras do mundo em 2014.

O início de Lutz no esporte foi muito antes de assumir a seleção brasileira de base, em 2012. Aos 11 anos de idade foi praticamente forçado a velejar pelo pai, que já era apaixonado pelo esporte. Sem muita intimidade com a Vela e com certa resistência, mudou logo de opinião assim que foi colocado no barco de iniciação. “Na mesma hora me apaixonei pela sensação do vento na vela e de poder controlar meu próprio ‘mundo’, representado naquele barquinho. Foi a semente de uma história muito bacana no esporte, no desejo de comandar meu próprio ‘barco’”, conta. E assim nascia uma promissora trajetória.

Em um futuro ainda incerto, Cássio se prepara para Tóquio. Devido à pandemia causada pela Covid-19, o calendário sofreu alterações. Enquanto aguarda novas definições de datas, o técnico da equipe de Vela fala dos desafios no esporte. “Manter um desenvolvimento constante, conservando o foco e a energia sempre no desempenho, mais do que no resultado. É isso que garante uma evolução constante que vai inevitavelmente levar também às conquistas”, revela.

+ Seu próximo desafio está aqui!

Sobre suas expectativas para as olimpíadas, Lutz é otimista, mas reconhece a força dos seus adversários. “Austrália, Inglaterra, França, Estados Unidos e Itália são países muito tradicionais e dominam os pódios. Mas conseguimos montar uma equipe bem forte. A dupla, formada pelo Geison, capitão, e pelo Tiago Quevedo, um jovem de 19 anos, extremamente talentoso, com vários títulos internacionais de destaque, tem grandes chances no mundial”.

“Não temos como controlar se seremos campeões ou não, se venceremos uma prova ou não. Cabe apenas estar sempre dando o seu melhor, focando no desempenho – que esse sim é um aspecto inteiramente no nosso controle. Podemos controlar nossa dedicação, esforço, evolução e atitude. Entender que o esporte não é sobre resultados e sim sobre evolução foi uma lição que levei para minha vida. De não me cobrar ou punir por resultados que não venham e também não deixar subir à cabeça quando conquistas acontecem. Um atleta não vive para ser campeão, mas sim para ser hoje melhor do que foi ontem e pior do que amanhã. Sempre”, finaliza Cássio Lutz.

Last modified: maio 13, 2020

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