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Brasileiro de balonismo definiu os dois pilotos que irão para o mundial de 2012, nos Estados Unidos


Balão no céu de Rio Claro (SP) (foto: Amanda Nero / Webventure)

O céu de Rio Claro (SP) ganhou um banho de cor durante o Campeonato Brasileiro de Balonismo, que se desenrolou entre os dias 20 e 26 de junho, no feriado de Corpus Christi. Trinta balões participaram do evento, que valia duas vagas para o mundial da modalidade, em agosto de 2012, na cidade de Battle Creek em Michigan, nos Estados Unidos.

As duas vagas seriam definidas após a somatória de pontos desta etapa com os resultados do mesmo evento em 2010. Levou Lupércio Lima (39 pontos em 2010 mais 39 em 2011, somando 78 pontos) e Luis Silvestre (37 + 40 = 77). Rubens Kalousdian ficou em terceiro no geral, totalizando 73 pontos.

Foram seis dias de competição e 32 provas. “Foi um excelente campeonato. Todos os voos e provas foram completados. Aparentemente os pilotos estão contentes”, comentou Leonel Brites, diretor do evento. “O tempo nos ajudou, permitindo realizar etapas difíceis tecnicamente”, disse.

Geralmente, são realizadas quatro provas de manhã e duas à tarde. “De manhã é mais difícil porque temos tarefas elaboradas que requerem muita técnica, experiência e bons conhecimentos de navegação”, explica o campeão de 2011, Luis. “É como uma prova de escola: você tem de estudar. Você planeja tudo, decola e o vento não ajuda. Daí é preciso mudar todo o plano durante o próprio voo”.

Já Fábio Passos, quarto em Rio Claro, achou o período vespertino mais complicado. “É uma loteria: o vento muda muito durante a tarde. Só no penúltimo dia consegui uma excelente marca”, explicou o competidor.

Na casa dos gringos
“O mundial vai ser pedreira, porque estaremos na casa dos americanos, que conhecem a região como a palma da mão. Mas a chance estará lá para todos e temos condições e técnica para nos igualarmos”, analisa Luis.

O Brasil poderá ser a sede da 21º edição do mundial em 2014. “Essa é a nossa grande esperança”, comenta Leonel Brites, que também é presidente da Confederação Aerodesportiva Brasileira (CAB).

Algumas provas realizadas ao longo do campeonato:

Fly in: o juiz determina um alvo e o competidor tem de jogar a sua marca (um saco de areia preso a uma fita, com o número do balão) o mais próximo desse ponto.

Fly on (ou continuação do voo): o balonista define seu próprio alvo, escrevendo as coordenadas no dia anterior. Ganha quem chegar mais próximo do ponto declarado.

Valsa de hesitação: o competidor tenta arremessar as marcas sobre vários alvos pré-determinados, escolhendo as melhores opções de acordo com as condições de voo.

Cotovelo: o balonista deve ir a um primeiro alvo, lançar a marca, e desviar o rumo para alcançar um segundo alvo. Ganha aquele que ir de um alvo ao outro com o menor ângulo de voo.

Este texto foi escrito por: Amanda Nero