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Alexandre Freitas divulga carta na qual conta como será a EMA MixTerra


Alexandre Freitas antes de 2002 (foto: Ricardo Ribeiro / Vipcomm)

Alexandre Freitas divulga carta com detalhes e suas expectativas para a EMA MixTerra, prova de corrida e mountain bike que rola no próximo dia 20 de novembro. O evento marca sua volta à organização da Expedição Mata Atlântica depois do acidente de 2002 (leia aqui entrevista com Patrícia Croci sobre o ocorrido, a recuperação e os detalhes da nova competição). Abaixo, a carta na integra.

“Caros aventureiros,

Estou ansioso para chegar o dia 20 de novembro. Organizamos a EMA MixTerra com muito zelo, buscando oferecer o melhor aos participantes desta prova, que inaugura um novo formato para os eventos realizados pela Expedição Mata Atlântica.

O esporte sempre fez parte da minha vida, desde a infância. Na fase adulta, comecei a me interessar pelas corridas de rua, tendo completado diversas maratonas. Em 1997, fui participar de uma corrida diferente na Nova Zelândia, chamada Southern Traverse, uma prova multiesportiva. A experiência foi tão marcante que não poupei esforços em criar uma prova similar em terras brasileiras. Assim, há 14 anos nascia a Expedição Mata Atlântica, ou simplesmente EMA, a primeira Corrida de Aventura do Brasil.

Confesso que o objetivo principal foi muito mais egoísta do que parece: trazer este tipo de evento pra o Brasil significava que eu não precisava mais viajar tanto pelo mundo, que pode ria praticar os esportes no “quintal de casa”, pois nosso país tem uma geografia espetacular para a prática dos mais diversos esportes de aventura. Organizar os eventos da EMA foi uma maneira diferente de desbravar o nosso território e eu sempre o fiz com muito gosto e dedicação. Na EMA 2001 Amazônia, por exemplo, passei mais de seis meses no meio da floresta, incomunicável por vários dias. Foi uma experiência única.

Sempre fui muito perfeccionista. Sempre estive presente em todas as etapas do processo de realização de um evento. Na EMA MixTerra, isso não tem sido diferente. Apesar de minhas limitações físicas, participei de todos os processos de tomada de decisão, desde escolha do local do evento, das modalidades, até criticas e sugestões de mudanças. Quem me conhece sabe o quão me é difícil não ter domínio sobre 100% dos acontecimentos, mas confio plenamente na minha equipe e os supervisiono o tempo todo.

Como boa parte do percurso desta EMA pode ser feito de carro, conheço pessoalmente 95% do trajeto. Os 5% restantes, ou seja, as trilhas do final da corrida e do final da mountain biking não pude conhecer in loco, mas o fiz através de fotos e atento às considerações de minha equipe técnica.

Assim, reconheço que o percurso está uma delicia e, também, fácil. Para aqueles que irão disputar a premiação em dinheiro, certamente será uma prova dura, pois o ritmo será muito intenso. E, para os atletas de academia, acostumados a pedalar na bicicleta de spinning e a correr na esteira, será uma oportunidade incrível de conhecer os belos cenários da zona rural de Itu.

Quem quiser conhecer o percurso, terá uma nova oportunidade: dia 6 de novembro, domingo, faremos um novo treino de reconhecimento do percurso com a minha equipe técnica.

Espero (re)encontrá-los na EMA MixTerra.

Um abraço, Alexandre Freitas.”

Este texto foi escrito por: Da Redação