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A Rota do blues: conheça o berço musical dos EUA

Redação Webventure/ Destino Aventura, Expedições, Outros

As roadtrips são marca registrada do turismo norte americano, o país que tem grande diversidade e extensão, reserva muitas atrações dentro de suas highways. Nessas viagens, o destino final nunca é o mais importante, o importante é aproveitar o que se encontra pelo caminho.

Esse é o caso da lendária Rota do Blues, que começa em Atlanta, na Geórgia e cruza os estados da Carolina do Norte, Tenessee, Mississippi e Lousiana. São quase dois mil quilômetros de viagem que transbordam história, música, paisagens e gastronomia americana.

Tudo começa pela “Capital do Sul”, Atlanta

Em meio aos modernos centros financeiros, se destacam os palácios herdados dos grandes agricultores do século 19.

Desafie-se na corrida O Rei da Montanha

Foto: Mike Schinkel/CC BY 2.0 Foto: Mike Schinkel/CC BY 2.0

Atlanta chegou a ser destruída durante a Guerra Civil Americana, esse fato fortaleceu a cidade e inspirou obras como “E o Vento Levou”. Hoje é um importantíssimo centro financeiro, chegando até a receber as Olimpíadas de 1996.

O city tour por aqui é envolvente, começando pelo World of Coca-Cola, onde funciona a sede mundial da companhia. Lá o turista pode visitar o museu interativo com tudo sobre o mais famoso refrigerante do mundo.

Foto: Jerome Bon/CC BY 2.0 Foto: Jerome Bon/CC BY 2.0

Ao sair de Atlanta, se prepare para cruzar os belos cenários das estradas que ligam o estado da Geórgia ao Tennessee. A moderna rodovia U.S Route 19 é cercada pelas montanhas da região conhecida como Great Smokey Mountains

Tennessee, a terra da música

A primeira parada é em Knoxville, a terceira maior cidade do estado. Lá você pode conhecer um dos mercados em funcionamento mais antigos do mundo, o Market Square, tombado pelo Patromônio Histórico dos Estados Unidos, foi fundado em 1854 e ainda é atração por quem passa pela cidade. Mas a principal atração está mais a frente, a cerca de 180 quilômetros. Lá está à famosa destilaria do Jack Daniel’s uísque mundialmente conhecido e feito com o milho típico do Tennessee. As visitas programadas permitem ao turista conhecer a fabrica até o misterioso poço de onde é retirada a água mineral a 56 graus de temperatura usada na produção da bebida.

Foto: Mike Murry/CC BY-SA 2.0 Foto: Mike Murry/CC BY-SA 2.0

Seguindo a estrada, o próximo ponto é Nashville, além de capital do estado, a cidade também é conhecida como a capital mundial da música country. Não é atoa que lá está o Country Music Hall of Fame, o maior museu do gênero. Localizado em um edifício futurista é capaz de agradar até quem não é muito chegado no estilo musical. Seu acervo possui objetos, retratos e gravações emblemáticas.

Foto: Rain0975/CC BY-ND 2.0 Foto: Rain0975/CC BY-ND 2.0

Aqui tudo respira o gênero musical. As casas de espetáculo de Nashville são uma atração a parte, como é o caso do Ryman Auditorium a casa de shows mais disputada para as gravações de discos e cds ao vivo. E não para por aí: quem faz a rota do blues tem de cruzar os 340 quilômetros que separam Nashville e Memphis, mas isso está longe de ser um problema, a Music Highway também é uma atração. Ao longo do percurso você verá varias placas sinalizando onde nasceram e viveram estrelas como: Tina Turner, B.B King, Elvis Presley entre outros.

A área urbana de Memphis se espalha às margens do Rio Mississippi. A maior atração turística da cidade dispensa atrações, Graceland. A casa onde Elvis, o Rei do Rock, morou por 20 anos.

Foto: Kees Wielemaker/CC BY-ND 2.0 Foto: Kees Wielemaker/CC BY-ND 2.0

A brasileira Nathalia Caravati, que é fã do cantor já visitou o museu diversas vezes e detalha o que pode ser encontrado pelo casarão. “É possível visitá-la quase que por inteira, exceto o segundo andar, onde ficam os quartos principais. Lá a decoração continua a mesma de quando Presley estava lá. Em um tour guiado, pode se conhecer um pouco mais da maneira como viviam e se sentir um pouco mais íntimo de sua história. O terreno é enorme e podemos encontrar, além da casa, um pequeno cemitério, onde estão enterrados os corpos de seus pais, tia, irmão e do próprio astro. Dentro de Graceland há também um pequeno estúdio no qual ele gravava suas músicas no final da carreira. Por lá, há alguns dos figurinos mais importantes de shows, como a capa da águia”, diz.

Atravessando a rua, há um museu com seus dois aviões e alguns de seus carros e motos, como o icônico Cadillac rosa. Além de inúmeras lojinhas de souvenir onde podemos encontrar desde camisetas a itens de decoração de natal, há um hotel tematizado do astro, nomeado com uma de suas mais famosas canções, “Heartbreak Hotel”.

Para finalizar o dia, a dica é curtir os bares de Beale Street, a Rua do Blues. Durante a noite ela é fechada para carros e as casas contam com música ao vivo, é possível perambular de bar em bar com sua bebida na mão, algo raro na terra do Tio Sam.

Após deixar Memphis, o próximo caminho cruza as planícies do Mississipi, rumo a New Orleans.

A cidade mais festiva dos Estados Unidos

Ami Entouriste/CC BY-ND 2.0 Ami Entouriste/CC BY-ND 2.0

Assim é conhecia New Orleans, cidade localizada no Golfo do México. Aqui é a casa do Jazz e do Blues, grande parte de suas casas de show, restaurantes e bares são dedicadas ao gênero. Essas atrações se encontram em maioria no French Quarter.

Uma das opções mais gostosas é passear de charrete pelo centro histórico. Lá você conhece o famoso prédio colônia da prefeitura, o Cabildo, o Museu do Mardi Gras, típico carnaval da cidade, e alguns dos mais famosos restaurantes, como o Antonie, um dos mais conhecidos e que serve a comida creole, uma culinária que faz parte da cultura da região.

Este texto foi escrito por: Gustavo Mazzucchelli

Last modified: fevereiro 25, 2017

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