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Parque Nacional da Serra dos Órgãos

Redação Webventure/ Destino Aventura

Caixa de Fósforo  em Salinas (Friburgo) (foto: Arquivo pessoal)
Caixa de Fósforo em Salinas (Friburgo) (foto: Arquivo pessoal)

Márcio Ribeiro

A intenção de conhecer o Parque Nacional da Serra dos Órgãos requer tempo e disposição, muita disposição. A área total possui 11 mil hectares, abrange os municípios fluminenses de Teresópolis, Petrópolis, Magé e Guapimirim (na Região Serrana do Estado) e oferece inúmeras atrações aos visitantes, desde simples trilhas para caminhada até cachoeiras belíssimas.

Um passeio pelo Parque deve começar em sua sede, localizada em Teresópolis, a 90 quilômetros do Rio de Janeiro. No verão, o local fica lotado de turistas que aproveitam a piscina natural e uma cachoeira. Lá também podem ser feitas diversas trilhas. As mais simples (a da Primavera, para idosos, e a Mozart Catão, que recebeu este nome em homenagem ao escalador teresopolitano morto no Monte Aconcágua em fevereiro de 1998) demoram menos de uma hora para ser percorridas.

Adrenalina – Já as mais complexas, como a famosa Travessia Petrópolis-Teresópolis, que possui 42km de extensão, podem levar até quatro dias. Outra opção é visitar a subsede, situada na estrada que liga Guapimirim a Teresópolis, verdadeiro paraíso das cachoeiras. O único cuidado a se tomar neste local é um fenômeno denominado “cabeça d’água”, que inunda os poços naturais de forma repentina.

Para quem gosta de algo mais radical, o Parque oferece diversas rochas para a prática de escalada. As melhores são o Dedo de Deus, símbolo da região, Garrafão e Escalavrado. Porém, toda a atenção é pouca, já que existem muitas vias condenadas por grampos podres. Além disso, as trilhas de acesso a essas pedras são bastante escorregadias e algumas até correm risco de desabamento.


(*)Márcio Torres Ribeiro é guia de trekking e escalada na Serra dos Órgãos e proprietário da agência Rumos da Terra. Ele já percorreu dezenas de vezes a Travessia Petrópolis-Teresópolis e escala com frequência o Dedo de Deus.

Clima

O Parque situa-se em uma faixa climática que varia entre o quente e sub-quente, sendo superúmido, porém com período de sub-seca intermediário. A porção do Parque acima das cotas altimétricas de 800 m possui um clima denominado de Mesotérmico Brando, com temperaturas entre 18 e 19°C.

Vegetação

O Parque possui uma floresta tropical pluvial atlântica rica em palmeiras, cipós, epífitas e árvores altas. As formas florestais, apesar de apresentarem aparência primitiva, são na verdade matas secundárias bem evoluídas, com respeito à sucessão florestal.

Fauna

A fauna do parque é semelhante a de outros parques situados na região, com grande número de pequenos mamíferos. A avifauna é muito rica. Entre as aves ameaçadas, encontramos o papagaio-de-peito-roxo (Amazona vinacea), o bicudo (Oryzoborus crassirostris) e a jacutinga (Pipile jacutinga).

Problemas

São vários os problemas, tais como poluição hídrica, desmatamentos, erosão dos solos, acúmulo de lixo deixado pelo visitantes, ação de palmiteiros, perturbações humanas, vandalismo, poluição do ar pelo tráfego intenso na BR-116, caça ilegal e riscos constantes de afogamentos no Parque.

Informações adicionais

O Parque Nacional da Serra dos Órgãos foi fundado em 30 de novembro de 1939. Hoje em dia, funciona de terça a domingo, cobra uma taxa de R$ 3,00 aos visitantes e possui até uma pousada em seu interior, com diárias de cerca de R$ 18,00.

Endereço: Av. Rotariana s/n°- Alto

Teresópolis (RJ)

CEP: 25960-602

Telefone: (21) 642-1070

Fax: (21) 642-5044

Saiba mais
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Este texto foi escrito por: Webventure

Last modified: junho 20, 2000

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