Conheça o Butão, o país da Felicidade Interna Bruta

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A região predominante no local é o budismo Foto: skaman306/Fotolia A região predominante no local é o budismo Foto: skaman306/Fotolia

Localizado no Sul da Ásia, extremo leste dos Himalaias está o Butão. Não tão conhecido e com pouca divulgação publicitária, é lembrado pelo FIB: felicidade interna bruta. Já que todos os principais investimentos são feitos em nome do bem estar social.

Enquanto o enriquecimento prevalece sendo interesse número um de trabalhadores ao redor do mundo, no Butão é diferente. A ideia de que a felicidade vem antes da riqueza prevalece e a genuinidade deste sentimento, é o bem mais precioso dos habitantes do país.

O tão falado FIB começou a partir do 4º rei Butão Jigme Singye Wangchuck, ao perceber que a “ocidentalização” poderia trazer ao seu país coisas boas, mas também outras ruins Foto: Sabine Hortebusch/Fotolia O tão falado FIB começou a partir do 4º rei Butão Jigme Singye Wangchuck, ao perceber que a “ocidentalização” poderia trazer ao seu país coisas boas, mas também outras ruins Foto: Sabine Hortebusch/Fotolia

Chegar até lá só é possível através de companhias áreas locais, rumo a Paro, onde está o único aeroporto do país. A capital é Thimphu, com altitude de 2.329 metros.

O tão falado FIB começou a partir do 4º rei Butão Jigme Singye Wangchuck, ao perceber que a “ocidentalização” poderia trazer ao seu país coisas boas, mas também outras ruins como devastação ambiental e a perda da cultura de seu povo. Com isso, decidiu que deveriam haver outras formas mais holísticas de medir a economia e o desenvolvimento, escapando assim de números “vazios”, como os resultados do PIB. Assim, foi colocado na Constituição do país o conceito da Felicidade Interna Bruta.

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O educador Thiago Ami morou por cerca de 6 meses no país e conheceu o lugar em uma viagem para a Ásia. “Tinha ouvido falar em um programa de televisão. Diziam que hábitos simples entre a comunidade e o respeito pela natureza eram cultivados. Decidi me aventurar”.

Thiago morou por 6 meses no Butão e experiência mudou sua vida Foto: Arquivo pessoal Thiago morou por 6 meses no Butão e experiência mudou sua vida Foto: Arquivo pessoal

Diferenças

Thiago fez trabalho voluntário no Ministério da Informação e Comunicação do Butão e sentiu dificuldade em se relacionar no primeiro momento. “Eles são mais reservados, diferentes de nós latinos. Passados 15 dias que estava trabalhando, conversei com um colega e disse que ele não falava comigo. Ele explicou que isto fazia parte de sua cultura, mas que ao nos conectarmos tudo tornaria-se ainda mais especial e assim aconteceu”.

Vale lembrar que o país só passou a ter conexão em estradas e aeroporto depois dos anos 70, já a internet e TV a cabo chegaram após os anos 2000. Mesmo assim, nenhum destes passatempos são “paixões nacionais”.

“Logo que cheguei tive vontade de voltar, mas fiquei e foi uma das maiores experiências da minha vida. No dia da minha despedida os diretores do Ministério fizeram uma cerimônia e me entregaram um lindo presente tradicional do país, algo que me inspirou para a Cidade Escola Ayni, que criei no Brasil”, lembra.

O educador teve a oportunidade de treinar com o time nacional do país Foto: Arquivo pessoal O educador teve a oportunidade de treinar com o time nacional do país Foto: Arquivo pessoal

A influência do budismo faz muita diferença no país, já que grande parte da população segue os ensinamentos. Além da fama de parábolas importantes, que colocam as pessoas mais próximas da atenção e consciência plena. A preservação da cultura local também ajuda a manter a população mais feliz e envolvida.

Se você quer aprender mais sobre essa cultura incrível a dica é, compre sua passagem e vá. O arrependimento não acontecerá!

Este texto foi escrito por: Christina Volpe

Last modified: setembro 4, 2017

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